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Fórum de Escolas do Grande Bom Jardim: práticas de enfrentamento à violência armada em territorialidades escolares de periferias de Fortaleza

Percurso metodológico

Este artigo deriva de investigações cartográficas no/sobre/a partir do Fórum de Escolas pela Paz do Grande Bom Jardim, especificamente, de duas dissertações ligadas ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará, as quais unem pesquisa, extensão e formação profissional. Uma dessas dissertações foi concluída em 2021, sob o título Fórum de Escolas pela Paz do Grande Bom Jardim: enfrentamentos às dinâmicas da violência armada em periferias de Fortaleza; enquanto a outra, finalizada em 2020, denominada Spray nas mãos, afetos nos muros: cartografia de inter(in)venções do graffiti no cotidiano de jovens inventores. Essas dissertações encontram-se no campo de extensão dos laboratórios aos quais estão ligadas, VIESES-UFC e LAPSUS-UFC, no GBJ. Além disso, o artigo também conta com a autoria e parceria de uma trabalhadora do Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza (CDVHS), uma das instituições que compõem o Fórum de Escolas e atuante no GBJ.

Ambas as dissertações estão alinhadas ao ethos da cartografia como tipo de pesquisa-“inter(in)venção”, na qual esse “in” tem como objetivo reiterar o caráter inventivo ao propor uma pesquisa COM e não sobre, das forças e não das formas, da construção coletiva e não do campo representacional (BENÍCIO et al., 2018). Cartografar é acompanhar processos em que não há uma hierarquia entre quem pesquisa e quem é pesquisado; ao contrário, ao adentrar no campo da experiência compartilhada, reinventam-se fluxos, itinerários e desestabilizam-se relações hegemônicas e cristalizadas (PASSOS; KASTRUP; ESCÓSSIA, 2009; PASSOS; KASTRUP; TEDESCO, 2014), tais como a naturalização da violência urbana, relações entre sujeitos e territórios e extermínio de jovens em territórios marginalizados. Portanto, a cartografia é um ethos de pesquisa, um traçado de percurso que visa mergulhar nas produções de afetos, nos processos de subjetivação, luta e resistência das práticas coletivas do FEPGBJ.

Lócus de pesquisa

Elegemos o Grande Bom Jardim (GBJ), Brasil, como território da pesquisa devido às suas especificidades, a saber: ser um conjunto de comunidades historicamente estigmatizadas; apresentar elevado índice de mortalidade, seja por doenças sazonais, seja em decorrência de violências; a presença massiva de policiais na comunidade que não garantem a qualidade de vida, ao contrário, têm contribuído para o aumento da letalidade juvenil; e, sobretudo, a coletivização de movimentos sociais e comunitários dos moradores do GBJ. Dentre esses coletivos, escolhemos o FEPGBJ por sua característica de construção coletiva e participação de várias organizações e movimentos sociais, além da participação de estudantes das escolas do GBJ, criando assim um elo entre coletivos, escolas e comunidade, além de romper com a ideia hierárquica e separatista entre academia e movimentos sociais, mostrando a força dessas alianças.

É importante destacar que o Grande Bom Jardim é um território periférico de Fortaleza, composto oficialmente por cinco bairros: Granja Portugal; Bom Jardim; Canindezinho; Granja Lisboa e Siqueira (BEZERRA, 2015). Segundo dados do site da Prefeitura de Fortaleza (2020), observam-se nele elevadas taxas de concentração de pobreza e baixos indicadores sociais como Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), escala utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para analisar o índice de pobreza no Brasil, inferiores à média nesse território. Além de apresentarem um acesso bastante precarizado a serviços de saneamento básico e baixa alfabetização (FREITAS et al., 2019). Além disso, destacamos o perfil populacional do GBJ, composto majoritariamente por jovens (60%), entretanto, simultaneamente em que as juventudes caracterizam boa parcela dessa população, são elas também as maiores vítimas da violência armada nas periferias de Fortaleza (CENTRO CULTURAL BOM JARDIM, s/d).

O GBJ e o Fórum de Escolas pela Paz são vistos pelos autores como “territórios existenciais” (BORGES, 2016), que vão além de uma delimitação espacial, mas trata-se de um território vivo sujeito a modificações, reinvenções e produção de re-existência (força de resistir + permanência/teimosia em permanecer vivo diante das políticas de matabilidade). Isto é, o Fórum de Escolas é um território coletivizado em que vetores subjetivos fecundam a realidade vivida e que tem tensionado dispositivos4 de criminalização e culpabilização produzidos por relações de poder-saber-Subjetivação hegemônico, além de processos de dessubjetivação, por meio de novos agenciamentos sobre/da/com a periferia (PELBART, 2019).

Ferramentas metodológicas

A inserção primária dos autores ocorreu em 2018, por meio de uma atividade de extensão universitária do VIESES-UFC, em que foram desenvolvidas oficinas sobre trajetórias de vidas de jovens no âmbito familiar e escolar/educacional, realizadas na escola Osires Pontes, localizada em um dos bairros da região do Grande Bom Jardim. Essa atuação contou com a parceria da Liga de Direitos Humanos do Núcleo Cearense de Estudos sobre a Criança (NUCEPEC-UFC). Foi a partir desta atividade que mais frentes de extensão se iniciaram, como a chegada do LAPSUS-UFC, que também abriu uma frente de extensão em escolas no GBJ. Sendo assim, as pesquisas cartográficas já citadas passam a ser desenvolvidas nessa inseparabilidade entre extensão e pesquisa.

Diante disso, nos inserimos nesses espaços escolares, contribuindo para o fortalecimento de laços entre a escola, jovens e comunidade, os quais se unem, sobretudo, na figura do Fórum de Escolas. Desde então, temos implicado, junto com os demais integrantes do FEPGBJ, a cobrar do poder público providências diante das violações de direitos, do elevado índice de assassinatos de jovens e do incremento da violência urbana. Mais recentemente, diante da pandemia por COVID-19, o Fórum de Escolas também tem buscado apoio e visibilidade diante dos elevados números de pessoas mortas por essa doença; por isso, nos últimos meses, as atividades do Fórum visam diminuir o agravo dessas violações e compartilhar práticas de cuidado à saúde física e mental.

A participação engendrada nos cotidianos das ações do FEPGBJ é um significativo espaço de co-produção dos dados, à medida que permite acompanhar e interagir nos processos e relações de poder-saber-Subjetivação que fecundam os territórios existenciais em torno do cotidiano do FEPGBJ, dos jovens e do contexto escolar (ALVAREZ; PASSOS, 2015; BARROS; KASTRUP, 2009). Desse modo, os encontros, reuniões e ações contavam sempre com integrantes dos laboratórios citados. Essas atividades foram transcritas em formato de Diário de Campo, sendo o instrumento de colheita de dados que possibilita compartilhar todo o processo de construção da rede que o FEPGBJ tem arquitetado (PASSOS; KASTRUP, 2014).

Além disso, é importante salientar que os registros em formato de diários de campo sinalizam, além da descrição das atividades, pensamentos e implicações dos próprios pesquisadores, apontamentos de dúvidas e novas problemáticas, as quais foram posteriormente analisadas (BRASILINO; CARDONA; CORDEIRO, 2014). Além dos registros em diários de campo, registramos em foto algumas atividades. Tais materialidades são utilizadas para discutirmos de que modo esse coletivo tem pensado estratégias de enfrentamento à letalidade juvenil, à violência armada e à evasão escolar. Além disso, o uso de imagens e outras metodologias participativas tem como intuito evocar a participação dos/as estudantes.

Procedimentos de análise de dados

Orientamos nossa análise a partir do prisma cartográfico, sobretudo, por entendermos que “dados” são construídos de forma participativa entre os sujeitos que habitam as territorialidades educacionais e escolares (BARROS; BARROS, 2014). Desse modo, alguns acontecimentos produzidos pelo FEPGBJ são tomados como analisadores (LOURAU, 1993), ou acontecimentos-analisadores, como preferimos. Esses acontecimentos-analisadores são entendidos como fenômeno político que nos convoca a tensionar aspectos cristalizados e naturalizados acerca dos fenômenos psicossociais (DELEUZE; GUATTARI, 1992). Para fins didáticos, dividimos em reuniões mensais com os integrantes e espaços de escutas sensíveis, em que são abordados os impactos psicossociais e o índice de matabilidade dos jovens na periferia.

Estratégias e enfrentamentos produzidos pelo Fórum de Escolas: arte e cultura como táticas de sobrevivência

Ao longo dos anos, foram se aglutinando diversos parceiros ao coletivo do Fórum, além dos professores e gestores das escolas, entre eles a Rede DLIS (entidade que reúne organizações da sociedade civil para proposição, avaliação e monitoramento de políticas públicas), o Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA), a Universidade Federal do Ceará (UFC) e o NAPAZ. O FEPGBJ, por meio dos seus nove anos de execução, tem desenvolvido ações de prevenção à evasão escolar, bem como tem articulado mobilidades de estudantes entre escolas, cujos acessos muitas vezes são proibidos devido ao tráfico de drogas e a disputa de territórios entre facções.

Estar em co-produção das ações do Fórum de Escolas passa por construirmos ações e intervenções que visam produzir transformações sociais (PASSOS; KASTRUP; ESCÓSSIA, 2009). Destacamos as reuniões mensais e ações do FEPGBJ como dispositivo de insurgência coletiva, que têm por finalidade discutir pautas e ações em torno do enfrentamento da violência armada e dos homicídios juvenis do território, sobretudo, diminuir seus impactos nas territorialidades escolares/educacionais. Os encontros agregam em média 30-40 participantes, sendo que, antes da pandemia, essas reuniões ocorriam presencialmente, em caráter rotativo, cada mês em uma escola diferente ou no CCBJ.

Um destaque dessas reuniões parte do protagonismo de estudantes, em especial, para pensar estratégias para o enfrentamento das violências e opressões sociais que atravessam o cotidiano das juventudes periféricas. Um dos temas sempre discutidos refere-se à evasão escolar e que novas propostas podem ser colocadas em prática para frear essa evasão e ampliar a rede de proteção aos adolescentes. Sobretudo desde 2018, quando se iniciou nossa aproximação, temos visto a produção de uma rede de apoio que horizontaliza o lugar de participação, se tal modo que o pertencimento de cada participante é permeado por uma produção coletiva de subjetividades que não sucumbem às malhas necropolíticas à brasileira que fazem dos jovens “pele alva e pele alvo”, como coloca Emicida (2019) em sua música Ismália.

A coletivização de outros modos de “habitar o plano comum” (PASSOS; KASTRUP; TEDESCO, 2014) educacional tem corroborado para o interesse coletivo da comunidade em atuar na busca da redução da letalidade juvenil. Um dos “dispositivos de enunciação” (DELEUZE; GUATTARI, 1992), ou seja, produção micropolítica de vetores de subjetivação coletiva, são as práticas culturais e artísticas, tais como HIP HOP, Graffiti, danças como o “passinho”, curtas metragem, participação da Marcha da Periferia e do Festival de Arte e Cultura.

Figura 1 – Encontro Mensal do Fórum de Escolas em fevereiro de 2020.

Fonte: arquivo pessoal (2020).

A união de diferentes corpos que habitam o Fórum busca, antes de tudo, o direito de existir como sujeitos políticos, para assim terem suas reivindicações notórias, já que apontam o GBJ como local em que sujeitos não são tidos como importantes, nem passíveis de luto (BUTLER, 2015; BARROS, 2019). Este lugar de partilha das intervenções acaba se constituindo como um “território existencial” em que se articulam cooperações e construção de redes de multiplicidades de pensamentos e proposições ativas no processo da realidade (ALVAREZ; PASSOS, 2015). Essa produção do comum vista no FEPGBJ pode ser entendida como um dispositivo de construção democrática mesmo em condição neoliberal, visto que o neoliberalismo amplia as desigualdades socioeconômicas e produz desmonte de instâncias coletivas.

Butler (2018) coloca-se em consonância à produção de alianças coletivas para o enfrentamento de contextos neoliberais que minam a produção de resistências, em uma ética de coabitação de diferentes movimentos em espaços públicos, os quais se unem para reivindicar melhorias para o coletivo (BUTLER, 2018). Para a autora, ao pautar a vida coletiva de minorias, “o que está em jogo são as condições que tornam a vida sustentável e, portanto, as dissensões morais centram-se invariavelmente em como ou se essas condições podem ser melhores e as condições precárias, amenizadas” (BUTLER, 2018, p. 57). Nesse sentido, abordamos aqui a noção de precariedade trabalhada por Butler (2018), em que todos sujeitos possuem vidas precárias, entretanto, as condições sócio-político-econômicas tornam alguns territórios e algumas vidas em condições de maior vulnerabilidade, logo, em uma maximização de precariedade, sobretudo pela negligência estatal.

No segundo semestre de 2019, o FEPGBJ contabilizou 19 mortes de jovens no território e, somente entre novembro e dezembro, cinco alunos e ex-alunos de uma mesma escola foram assassinados. Os encontros mensais do segundo semestre de 2019 até março de 2020, diante da série de violações repercutidas nas escolas, pautaram o formato das comissões de prevenção às violências, de modo que pudessem ser efetivadas sem deixar os educadores expostos às violências, uma vez que essa é uma das principais dificuldades apresentadas para a notificação de casos apresentados pelos/as estudantes. Os relatos dos/as representantes dos núcleos gestores evidenciaram que o ato de notificar era visto como algo que trazia risco para elas/es, pois frequentemente o violador é uma pessoa próxima da família e conhece a rede de proteção a qual a vítima pode recorrer.

Ao falarmos sobre essas mortes evitáveis e vidas passíveis e não passíveis de luto (BUTLER, 2015), trazemos à tona o debate de regulação da comoção social e da elegibilidade da vida. As trajetórias interrompidas no GBJ encaixam-se nessa lógica, pois somente nós choramos essas mortes. Portanto, quando coletivos e ONGs decidiram unir-se em prol da “vida periférica” e cobrar do Estado melhorias, observamos corpos que “se reúnem para exigir reconhecimento e valorização, uma justiça mais abrangente que um direito específico, mas um direito à liberdade e à visibilidade política” (BUTLER, 2018, p. 33) da vida e da morte.

Uma outra ação importante realizada pelo Fórum de escolas, vinculada a uma das dissertações citadas anteriormente, no ano de 2019, foram as “escutas sensíveis”, momentos de acolhimento da comunidade escolar, principalmente com os alunos e professores, após o assassinato de algum aluno. Em 2019, somente em uma das escolas do território, foram cinco jovens assassinados no segundo semestre, o que tem levado aos estudantes sofrimento psíquico, insegurança e medo pela própria vida. Dessa maneira, organizamos rodas de conversas com alunos dessa escola, em que trabalhamos a produção de memória do jovem assassinado e a necessidade da não naturalização dessa violência armada que vem ceifando a vida dos jovens de periferias.

Em uma outra oportunidade, em decorrência do assassinato de outra estudante desta mesma escola, propomos, além de uma roda de conversa como a realizada anteriormente, reunindo alunos da escola, a realização de uma oficina de produção de cartazes com a posterior colagem em frente ao muro da escola. Nesses cartazes, os alunos, professores e a equipe gestora colocavam seus sentimentos de saudade, tristeza, dor, indignação e luta diante da problemática da violência letal de jovens e outras formas de violências. Este acontecimento nos sinaliza o quanto a exclusão social e a necropolítica revelam essa política de produção de morte de existências julgadas supérfluas e desimportantes no contexto neoliberal em que estamos inseridos.

Nesse contexto, estes foram momentos pensados e construídos coletivamente pelas pessoas que compõem o Fórum, no intuito de produzir alianças para, além de lidar com os momentos de luto da comunidade escolar, potencializar práticas e discursos de re-existências (ACHINTE, 2017; PEREIRA, 2017) dessas juventudes que são diretamente afetadas e persistem em resistir às políticas de precarização da vida, que produzem medo, desesperança e morte (COSTA et al., 2020). Inseridos nesses processos, entendemos que cartografar é compor esses espaços de luta, luto e re-existência.

Figura 2 – Colagem de Cartazes fruto de um momento coletivo de produção de memória pelas vidas perdidas pela violência armada.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

Em vista da ampliação dos homicídios de jovens no GBJ, foi apresentado, em janeiro de 2020, antes do início do processo pandêmico no Ceará, um conjunto de ações pensadas para o enfrentamento dessa problemática. Assim, um documento construído coletivamente e entregue à vice-governadoria em uma audiência, a qual contava com a presença de membros do FEPGBJ, solicitou respostas efetivas e ações direcionadas à prevenção dos homicídios de adolescentes e jovens do GBJ. Dentre algumas ações já citadas, destacamos o suporte para a ida e vinda dos estudantes que sofrem com problemas de territórios faccionados, políticas de trabalho e renda para estudantes, apoio assistencial para jovens em situação de extrema vulnerabilidade social, reformas estruturais e construções de escolas que estão em prédios alugados.

4 – O sentido de dispositivo aqui abordado é o mesmo apresentado por Foucault (2000, p. 244): “um conjunto decididamente heterogêneo que engloba discursos, instituições, organizações arquitetônicas, decisões regulamentares, leis, medidas administrativas, enunciados científicos, proposições filosóficas, morais, filantrópicas. Em suma, o dito e o não dito são os elementos do dispositivo. O dispositivo é a rede que se pode tecer entre estes elementos”.
Laisa Forte Cavalcante laisacavalcante9393@gmail.com

Psicóloga e Mestra pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Brasil. Integrante do Grupo de Pesquisa e Intervenções sobre Violências, Exclusão Social e Subjetivação (VIESES/UFC), Brasil e do Fórum de Escolas Pela Paz do Grande Bom Jardim, Fortaleza, Brasil.

Larissa Ferreira Nunes larissafnpsico@gmail.com

Doutoranda e Mestre em Psicologia na Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará – UFC – (Bolsista FUNCAP-CE), Brasil. Integrante do Grupo de Pesquisa e Intervenções sobre Violências, Exclusão Social e Subjetivação (VIESES-UFC), Brasil.

Ingrid Rabelo Freitas ingrid.rbfreitas@gmail.com

Assistente Social de Formação pela Faculdade Metropolitana de Fortaleza (FAMETRO), Brasil. Brincante do Maracatu Nação Bom Jardim e Assessora de juventudes do Programa Jovens Agentes de Paz do Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza. Integrante do Fórum de Escolas Pela Paz do Grande Bom Jardim, Fortaleza, Brasil.

Tadeu Lucas de Lavor Filho tadeulucaslf@gmail.com

Doutorando e Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará – UFC, Fortaleza-CE, Brasil. Integrante do Laboratório em Psicologia, Subjetividade e Sociedade (LAPSUS). Professor do Centro Universitário Vale do Salgado (UniVS), Brasil. Integrante do Fórum de Escolas Pela Paz do Grande Bom Jardim, Fortaleza, Brasil.

João Paulo Pereira Barros joaopaulobarros07@gmail.com

Professor do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Brasil. Coordenador do VIESES: Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violência, Exclusão Social e Subjetivação, Brasil.

Luciana Lobo Miranda lobo.lu@uol.com.br

Doutora em Psicologia pela PUC-RJ, Brasil. Estágio pós-doutoral no Programa de Psicologia Social Crítica e Personalidade pela City University of New York (CUNY), Estados Unidos. Professora Titular do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Brasil. Coordenadora do Laboratório em Psicologia, Subjetividade e Sociedade (LAPSUS), Brasil.