Foto: PxHere

Análise da produção bibliográfica em livros sobre a infância e a juventude na América Latina: atualizações e novos horizontes

Nas figuras 7, 8, 9 e 10, interessou-nos saber qual é a distribuição percentual de publicação por Área em relação aos campos da Juventude, Adolescência, Infância e Não-declarado, respectivamente:
Figura 7: Distribuição de frequência de publicações no campo da Juventude segundo a área disciplinar

Figura 8: Distribuição de frequência de publicações no campo da Adolescência segundo a área disciplinar

Figura 9: Distribuição de frequência de publicações no campo da Infância segundo a área disciplinar

Figura 10: Distribuição de frequência de publicações com campo não declarado segundo a área disciplinar

A Figura 7 nos mostra que a área das Ciências Sociais é a que mais publica livros no campo da Juventude, representando 41,4% do total. A segunda área que mais publica nesse campo é a Educação, com 17,2%. O primeiro dado, que aponta a ênfase nas Ciências Sociais como área que se dedica a publicar obras sobre a juventude, relaciona-se com o que Castro (2019) afirma sobre a Sociologia ter sido a ciência que, durante a modernidade, se encarregou do estudo da estruturação das sociedades sob a égide da dinâmica geracional. O estudo das sociedades ao longo do século XX propõe a juventude como categoria social analítica no âmbito da transformação e do progresso social, aspecto amplamente tematizado por sociólogos e cientistas sociais na época moderna. Observa-se que as teorias sobre a sociedade e sua dinâmica constitutiva a partir da analítica geracional têm definido os interesses da pesquisa sociológica no debate sobre a juventude, levando-nos a questionar, acompanhando a autora, sobre como os jovens, para além do enquadre da juventude enquanto categoria social estrutural, se produzem subjetivamente nas circunstâncias em que vivem (Idem).

No que se refere ao campo da Adolescência (Figura 8), a área da Psicanálise, isoladamente, é a que mais publica livros, com 26,7% do total, seguida da Psicologia, com 13,3% do total. Destaca-se também que a área Interdisciplinar publica 26,7% do total, a mesma porcentagem que a Psicanálise. Diferentemente do que vimos no campo da Juventude, a área das Ciências Sociais não é predominante no âmbito da Adolescência. Pelo contrário, as obras acerca da adolescência caracterizadas como sociológicas só aparecem quando combinadas a outras áreas, e não isoladamente. Tal diferença diz respeito a como, historicamente, as disciplinas teóricas foram disputando espaço e construindo seus objetos de estudo. No caso da Adolescência, de acordo com Castro (2017), os interesses de pesquisa da Psicologia e Psicanálise tomaram esta categoria como “conceito que definia uma função psicológica no processo constitutivo da subjetividade moderna em que o se tornar adulto colocava (e ainda coloca) um leque de novas demandas para o sujeito” (Idem, p.10). A Psicologia e a Psicanálise se debruçaram sobre a condição do ser adolescente no âmbito das sociedades modernas e verifica-se que tais áreas mantiveram esse predomínio até os dias atuais. Ainda que algumas teorias psicológicas tenham atribuído um caráter físico e universal à adolescência, especialmente em associação à puberdade, destaca-se, nas obras levantadas, o caráter processual e histórico da categoria Adolescência.

O cruzamento referente à Infância (Figura 9) revela que a Educação é a área que mais publica livros nesse campo, com 26,8% do total. Em segundo lugar, a Psicologia, com 19,6%, e em terceiro, a área Interdisciplinar, com 14,3% do total. Destaca-se também que a combinação entre as áreas Psicologia e Educação possui um número significativo de publicação, apresentando 7,1% do total. A Educação aparece como a área que mais publica na Infância, o que se relaciona à forma com que a infância se institucionalizou na modernidade (Sarmento, 2004). A partir da criação da escola pública e sua expansão, como instâncias de socialização das crianças na modernidade, a disciplina Educação, enquanto prática pedagógica, ocupou-se das exigências e deveres levantados pelo Estado a fim de separar, proteger e preparar as crianças para o futuro produtivo, quando se tornassem adultas (Idem). De forma concomitante, os saberes psicológicos e médicos fizeram das crianças objeto de conhecimento e de práticas que tinham em vista o seu desenvolvimento convencionado como “normal”. Chama a atenção que tais disciplinas, a Educação e a Psicologia, ainda sejam aquelas que estão à frente, até hoje, das publicações acerca da Infância.

No que se refere ao Campo Não-declarado (Figura 10), a Educação é a área que, majoritariamente, não menciona quais são os sujeitos – crianças, adolescentes e/ou jovens – de que a obra trata. Essa área representa, isoladamente, 61,3% das 124 obras do campo Não-declarado, um número muito elevado em relação à quantidade total de obras pesquisadas. A Educação, quando combinada com outra área, vem em segundo lugar, com 17,7% do total, e a categoria Interdisciplinar surge em terceiro, com 8,9% do total. A área da Educação se caracteriza por englobar os processos de ensino e aprendizagem, e o que se verifica é que a tarefa educativa em si se sobrepõe como temática, parecendo desnecessária a menção aos sujeitos educandos. No âmbito do ensino e aprendizagem, o que se destaca é o currículo, a didática e o sistema de interações comportamentais. Dessa forma, esses dados parecem indicar que as pessoas envolvidas no processo educativo, as crianças e os jovens, ao se tornarem sequer mencionados, são invisibilizados como destinatários e co-participantes dos processos educacionais.

Figura 11: Distribuição da frequência de títulos publicados segundo a temática

A figura 11 aborda a frequência de determinadas temáticas nas publicações. Tais temáticas, trazidas no gráfico acima, foram compiladas a partir da análise dos resumos e dos sumários das publicações. Nota-se que a frequência das Temáticas em Educação (56,1%) é superior à soma de todas as outras temáticas (43,9%). A análise das subtemáticas que compõem essa categoria evidenciou a predominância de obras destinadas ao Ensino e aprendizagem, isto quer dizer publicações que versam sobre métodos pedagógicos, didática, dificuldades de aprendizagem, práticas pedagógicas, relações entre psicologia do desenvolvimento e a aprendizagem e as práticas docentes. Outra subtemática expressiva é aquela que se enquadrava em Educação, cidadania e direitos humanos, reunindo obras que abordam a educação a partir de uma perspectiva cultural, sociológica e antropológica, adotando uma visão ampla da educação como um processo construído e atravessado por vários discursos. Chama a atenção, dentre as subtemáticas encontradas, a pouca frequência de publicações destinadas à educação indígena ou de culturas tradicionais. No total de obras levantadas, nenhum resumo faz referência à experiência de educação quilombola, por exemplo.

Outra temática que se destaca em número de publicação é Infância e/ou juventude e cultura. Esta abarca obras que tratam da relação da infância e/ou juventude com diferentes elementos da cultura, como artes, costumes, história, conhecimentos e relações interpessoais. Dentro dessa temática, a subtemática que apresenta o maior número de obras recebe o nome de Território latino-americano. As publicações dessa categoria incluem questões que tratam da infância e juventude em interlocução com suas questões territoriais, assinalando especificidades regionais ou particularidades dos países que compõem esse continente, além de como essas especificidades impactam na subjetividade da criança e dos jovens.

Figura 12: Distribuição do número de autores das obras levantadas segundo a filiação
institucional

A figura 12 versa sobre a distribuição do número de autores, de acordo com sua vinculação institucional. Um primeiro levantamento revelou o total de 502 autores responsáveis por 294 obras levantadas no período de análise deste artigo. No entanto, na tabela acima, foram registradas apenas as instituições universitárias e não universitárias de pesquisa científica que obtiveram mais de 5 autores dentre as obras levantadas. Esse recorte se deu a fim de otimizar a leitura da tabela e registrar apenas aquelas instituições que mais se destacaram na publicação de obras no campo da infância e juventude.

A busca realizada através do currículo de cada um desses autores apurou 179 instituições de pesquisa às quais os autores estavam vinculados, sendo 151 universitárias e 28 não universitárias. Das instituições que concentram um maior número de autores, destacam-se a Universidad de Buenos Aires (35), a Universidad Nacional Autónoma de México (14), a Universidade Federal do Ceará (13) e a Universidad de Chile (13). A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura – UNESCO – é única instituição não universitária de pesquisa com mais de 5 autores vinculados e consta na tabela representada na figura 12.

Também cabe apontar que, dentre as instituições brasileiras apresentadas na figura, aquela que mais se destacou foi a Universidade Federal do Ceará, localizada na região Nordeste do País. Em seguida, 8 instituições são do Sudeste do Brasil, sendo 2 privadas e 6 públicas. Tais representações se coadunam com a distribuição do número de faculdades pelas regiões do Brasil9, já que o Sudeste abarca as maiores concentrações de instituições superiores de educação e de produção científica. Um recente relatório elaborado por Clarivate Analytics a pedido da CAPES10 aponta que o Brasil, no período de 2011-2016, contabilizou que mais de 95% das publicações referem-se às universidades públicas, federais e estaduais. Esse relatório lista as 20 universidades que mais publicam (5 estaduais e 15 federais), das quais 5 estão na região Sul, 11 na região Sudeste, 2 na região Nordeste e 2 na Centro-Oeste.

A partir desses dados, podemos nos questionar se a baixa frequência de autores que publicam por universidade no Brasil deve-se ao pouco interesse da temática em nosso país ou, se relacionarmos a figura 2 com esta, também podemos nos perguntar se a baixa na produção brasileira tem a ver com o pouco investimento público nas áreas acadêmicas que se destinam aos estudos da infância e da juventude, geralmente representadas pelas áreas das Ciências Sociais, Humanas, e da Educação.

Considerações Finais

A partir da atualização do balanço da produção bibliográfica em livros sobre infância e juventude na América Latina, destacamos alguns pontos relevantes que atravessam o estudo desses campos e suas implicações teóricas, culturais e políticas. Os resultados encontrados no estudo atual corroboram aqueles verificados no estudo anterior (Castro et al, 2015). As dificuldades de acesso às publicações através dos sites das editoras latino-americanas permanecem e, ainda assim, foi possível levantar um número expressivo de obras (294) produzidas nesse território durante as 11 edições pesquisadas. Por serem publicadas em português e espanhol, muitas dessas obras não possuem o alcance de divulgação e leitura em comparação a obras oriundas do Norte do globo, escritas em inglês e que apresentam uma maior difusão em função também da língua. Nesse sentido, parece importante que os pesquisadores de outras partes do globo também se esforcem para conhecer a produção de conhecimento na infância e juventude latino-americana, dado seu volume, extensão e relevância.

No que se refere aos resultados, em relação à distribuição de publicação por editoras, obteve-se que há uma concentração significativa de obras publicadas em apenas uma editora comercial brasileira, que tem como área preponderante a Educação. Em comparação com as editoras universitárias, as comerciais são aquelas que mais publicam livros sobre infância, adolescência e juventude, tanto no Brasil como em outros países latino-americanos. Brasil, Argentina, México e Chile continuam sendo os países que mais publicaram obras levantadas pelo periódico DESidades.

A análise regional das publicações revelou que a região Sul do Brasil é aquela em que se localizam as editoras que mais publicam livros sobre infância e juventude, no âmbito das Ciências Sociais e Humanas. Mesmo levando em consideração as dificuldades encontradas pela equipe dos levantamentos bibliográficos em melhor representar as produções de países latino-americanos hispanofalantes, verificou-se que as instituições que concentram o maior número de autores dedicados à infância, adolescência e juventude estão na Argentina (Universidad de Buenos Aires) e no México (Universidad Nacional Autónoma de México), só em seguida aparecendo o Brasil (Universidade Federal do Ceará).

Acreditamos que esses dados revelam certos descompassos na produção e distribuição de conhecimento acerca dos campos da infância e juventude na América Latina. O primeiro é o fato de o local de produção de conhecimento sobre a infância e juventude advir majoritariamente de instituições de ensino universitário e as publicações ocorrerem em editoras comerciais, e não universitárias. O segundo é a distância geográfica entre as instituições de ensino às quais os autores são vinculados e as cidades onde se localizam as editoras. Conclui-se, assim, que as editoras comerciais estejam investindo mais na área da infância, adolescência e juventude do que as próprias editoras universitárias, que teriam muito mais proximidade geográfica com os pesquisadores e autores que se dedicam a esse assunto.

Além de todo o exposto, a Educação apareceu como a área majoritária de publicações em livros sobre infância, adolescência e juventude. Essa informação sinaliza que as instituições de ensino, especialmente a escola, continuam a ser consideradas os espaços que são alvos de maior interesse na discussão sobre crianças e jovens. Como verificado, a maior parte das obras listadas nesta análise foi categorizada como não tendo mencionado a infância, adolescência ou juventude como objeto da publicação em seus resumos. Essa constatação abre margem para questionarmos, de forma similar à Castro (2019): afinal, falar sobre temáticas afins à infância, adolescência e juventude significaria “também” incluir as crianças, os adolescentes e jovens nessas discussões? As crianças e os jovens estariam implícitos nessas temáticas ou seria necessário explicitar quem são os sujeitos para que eles sejam reconhecidos em suas singularidades? A nossa análise não se propôs a examinar o conteúdo das obras por completo, mas os seus resumos; contudo, nos interessa aprofundar esses indicativos e investigar as noções de infância nesses estudos que não mencionam as crianças nem, tampouco, suas singularidades subjetivas, territoriais, étnico, raciais, sociais e culturais. Em nossa análise, consideramos importante a nomeação desses sujeitos, já que incorporá-los, como também suas especificidades, pode colaborar para a destituição de perspectivas hegemônicas e universalistas que possam vir a encampar as diversas infâncias e vidas das crianças existentes na América Latina.

Ao longo do processo de categorização e análise dos levantamentos bibliográficos realizados pelo periódico, uma interrogação segue nos acompanhando: como se caracteriza a infância e juventude latino-americana? Quem são as crianças e jovens de quem falam essas publicações? Teriam sido os resultados que encontramos, deste modo, similares se analisados a partir de publicações de autores de outros lugares? Deixamos essas perguntas como indicativos da importância de se conhecer a infância e a juventude latino-americana, seus rostos, suas vozes e suas histórias – e o que esses sujeitos têm a nos dizer sobre si e sobre nosso território geográfico, sócio-político e cultural.

9 – IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016-2017.
10 – CROSS, D.; THOMSON, S.; SINCLAIR, A. Research in Brazil: report for CAPES by Clarivate Analytics. 2017. Disponível em: https://www.capes.gov.br/images/stories/download/diversos/17012018-CAPES-InCitesReport-Final.pdf Acesso em: 27 mai. 2019.

Referências Bibliográficas

 

CASTRO, L. R. Onde estão os (sujeitos) jovens nas teorias da juventude? In: COLAÇO, V. F. R. et al. (Org.). Juventudes em Movimento: experiências, redes e afetos. 1. ed. Fortaleza: Expressão Gráfica Editora, 2019.

______. A infância e seus destinos no contemporâneo. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 8, n. 11, p. 47-58, 2002.

______. Da invisibilidade à ação: crianças e jovens na construção da cultura. In: CASTRO, L. R. (Org.). Crianças e jovens na construção da cultura. Rio de Janeiro: NAU, 2001. p. 19-46.

CASTRO, L, R. et al. Análise da produção bibliográfica em livros sobre a infância e a juventude na América Latina. DESIDADES: Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Infância e Juventude, v. 3, n. 9, p. 33-50, 2015.

FRANCHETTI, P. Editoras universitárias no Brasil. 4 de setembro de 2018. Disponível em: <https://paulofranchetti.blogspot.com/2018/09/editoras-universitarias-no-brasil.html>. Acesso em: 26 fev. 2019.

HAYASHI, M. C.; HAYASHI, C. R.; MARTINEZ, C. M. Estudos sobre jovens e juventude: diferentes percursos refletidos na produção científica brasileira. Educação, Sociedade & Culturas, n. 27, p. 131-154, 2008.

IBGE. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016-2017. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101576_informativo.pdf>. Acesso em: 27 mai. 2019.

MENANDRO, P. R. R.; YAMAMOTO, O. H.; TOURINHO, E. Z.; BASTOS, A. V. B. Livros à mão cheia: o livro como veículo de produção acadêmica. Psicologia USP, São Paulo, v. 22, n. 2, p. 367-386, 2011.

SARMENTO, M. J. As culturas da infância nas encruzilhadas da 2ª modernidade. In: SARMENTO, M. J.; CERISARA, A. B. (Org.). Crianças e miúdos: perspectivas sócio-pedagógicas da infância e educação. Porto: Asa, 2004. p. 9-34.

VOLTARELLI, M. A. Estudos da infância na América do Sul: pesquisa e produção na perspectiva da sociologia da infância. Tese de doutorado. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.

WALSH, C; MIGNOLO, W. Las geopolíticas del conocimiento y colonialidad del poder. Entrevista a Walter Mignolo. In: WALSH, C; SCHIWY, F; CASTRO-GOMES, S. (Org.). Indisciplinar las ciencias sociales. Geopolíticas del conocimiento y colonialidad del poder. Perspectivas desde lo Andino. Quito: UASB/ Abya Yala, 2002. p. 17-44.

Resumo

O presente artigo é uma atualização acerca de algumas tendências observadas nas publicações em formato de livros sobre a infância e juventude na América Latina, nas áreas das Ciências Humanas e Sociais, através da análise dos levantamentos bibliográficos do periódico DESidades, ao longo de 2015 a 2018. Seus resultados revelam um número expressivo de obras lançadas no continente latino-americano e apontam a área da Educação como a que mais concentra as publicações nesses campos. As temáticas educacionais do ensino/aprendizagem e propostas curriculares são aquelas que se destacam nas obras encontradas, que majoritariamente não mencionam as crianças e jovens como objeto de sua discussão e análise. Nesse sentido, o estudo interroga a invisibilidade dada à subjetividade daqueles que caracterizam os campos da infância e juventude. Observou-se, também, a pouca notoriedade dada a determinadas temáticas, tais como crianças indígenas e quilombolas, no campo de estudos da infância e juventude da América Latina.

Palavras-chave: produção bibliográfica, infância, juventude, América Latina.

Data de recebimento: 31/05/2019
Data de aprovação: 16/08/2019

Analysis of the bibliographical production of books on childhood and youth in Latin America: updates and new horizons

Abstract

The present article is an analytical update on some of the tendencies observed in the publication of books on childhood and youth in Latin America, in the areas of Human and Social Sciences, through the examination of the bibliographical survey conducted by the journal DESidades from 2015 to 2018. The results reveal a significant number of works published in the latin-american continent and point to Education as the area which concentrates most of these publications. The educational themes of teaching and learning, and curricular proposals are the most featured in the publications, which mainly don’t mention children and young people as an object of discussion and analysis. As such, the study interrogates the invisibility of the subjectivity of those who characterize the fields of childhood and youth. Also, the lack of such themes as indigenous and quilombola children was noted in the field of child and youth studies in Latin America.

Keywords: bibliographical production, childhood, youth, Latin America

Juliana Siqueira de Lara j.siq.lara@gmail.com

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil. Mestra em Psicologia pelo mesmo Programa e graduada em Psicologia pela mesma instituição. Integra o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Intercâmbio para a Infância e Adolescência Contemporâneas (NIPIAC/UFRJ), Brasil. Atua como Editora Assistente no periódico DESidades – Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Infância e Juventude.

Luísa Prudêncio luisaevieira@gmail.com

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil. Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil. Integra o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Intercâmbio para a Infância e Adolescência Contemporâneas (NIPIAC/UFRJ), Brasil. Atua como Editora Assistente no periódico DESidades – Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Infância e Juventude.

Paula Pimentel Tumolo paulatumolo@gmail.com

Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil. Graduada em Psicologia pela mesma instituição. Integra o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Intercâmbio para a Infância e Adolescência Contemporâneas (NIPIAC/UFRJ), Brasil. Atua como Editora Assistente no periódico DESidades – Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Infância e Juventude.

Renata Tavares da Silva Guimarães retsg.ufrj@gmail.com

Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil. Mestra e graduada em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Brasil. Integra o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Intercâmbio para a Infância e Adolescência Contemporâneas (NIPIAC/UFRJ), Brasil. Atua como Editora Assistente no periódico DESidades – Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Infância e Juventude.

Sabrina Dal Ongaro Savegnago sabrinadsavegnago@gmail.com

Pós-doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil. Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Brasil, e graduada em Psicologia pela mesma instituição. Desde 2014, atua como Editora Associada no periódico DESidades – Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Infância e Juventude.

Sofia Hengen sofiahengen@hotmail.com

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil. Graduada em Psicologia pela Universidad del Salvador, Argentina. Integra o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Intercâmbio para a Infância e Adolescência Contemporâneas (NIPIAC/UFRJ), Brasil. Atua como Editora Assistente no periódico DESidades – Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Infância e Juventude.

Lucia Rabello de Castro lrcastro@infolink.com.br

Professora Titular do Programa de Pós-graduação em Psicologia do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil. Editora Chefe do periódico DESidades – Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Infância e Juventude.