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Biblioteca 21 de abril: experiências coletivas junto a crianças e jovens do sertão cearense, Brasil

Tecendo experiências coletivas de leitura e cultura junto às crianças da Biblioteca 21 de Abril por meio da apreensão do real

Entendemos que o mergulho no universo de uma história pode começar antes da leitura e não finda no instante em que acaba o texto, uma vez que a narrativa pode ser revisitada ou relembrada pela memória, através de conversas sobre ela e outras vivências. Por essa razão, trazemos a proposta de uma educação libertadora que possa ampliar o campo de experiências das crianças e jovens, favorecendo a ampliação de seus imaginários.

A experiência é dividida nas seguintes etapas:

Funcionamento: apresentamos as atividades do projeto de extensão e pesquisa da Associação dos Jovens do Irajá – AJIR/Biblioteca 21 de Abril, com a participação ativa dos pesquisadores, enfermeiros(as) mestres e doutor da Universidade Estadual do Ceará, representantes da AJIR, e duas monitoras, estudantes de pedagogia da comunidade Irajaense, na coordenação e acompanhamento pedagógico das atividades culturais, de leitura, artística e logística junto às crianças e jovens desse território, por meio do projeto Baú da Leitura. As atividades acontecem semanalmente, aos sábados, de 8h às 12h, na Biblioteca 21 de Abril.

O trabalho desenvolvido no projeto parte de ações metodológicas geradoras de processo dinâmico para a realização das ações, que vão se construindo de modo reflexivo, articulado, político e técnico para o desenvolvimento local e em âmbito sociocultural.

Planejamento: para o cadastro dos participantes no projeto do Clubinho de Leitura do Baú – CLB, apresentamos aos pais a proposta do projeto e convite. Ao todo, são 25 crianças e jovens. Nesse ambiente, reunimo-nos para planejar e executar as atividades culturais, expressões artísticas por meio de leituras dos livros, em que são produzidos desenhos, apresentações teatrais, dança, leitura, poemas, redações e diálogos sobre a cultura popular. A experiência traz em destaque as ações realizadas em outubro de 2016.

Ao considerar que se trata de uma experiência que articula questões de ordem subjetiva como raízes culturais, sentimentos, comportamentos, reflexões, discussões e síntese resultante da produção coletiva, foram utilizados, para a coleta de informações, conversas informais, observação in loco e registro em diário de campo.

Foram registradas experiências, impressões e identificação do universo vocabular dos participantes. Observou-se por meio dos diálogos e leituras que o grupo está inserido no contexto de palavras geradoras que envolvem afeto, amorosidade, família, história e cultura popular.

O universo vocabular é de impressionar quanto à maneira como uma realidade social existe na vida e no pensamento dos seus participantes. É a descoberta coletiva da vida por meio da fala, do mundo através da palavra. Essa primeira etapa pedagógica do método foi denominada por Freire com diversos termos semelhantes: “levantamento do universo vocabular” (em Educação como Prática da Liberdade); “descoberta do universo vocabular” (em Conscientização); “pesquisa do universo vocabular” (em Conscientização e Alfabetização); “investigação do universo temático” (em Pedagogia do Oprimido) (Brandão, 2011).

Como coordenadores e facilitadores, buscamos apresentar práticas educativas voltadas para a educação popular e temas relacionados à realidade das crianças e jovens, possibilitando aproximação, interação e diálogo entre o conhecimento técnico e o popular.

O encontro foi organizado em três momentos, a saber: acolhimento; desenvolvimento e avaliação.

Acolhimento: participaram as 25 crianças e jovens no projeto. Foi realizada a dinâmica de grupo conhecida como o “Presente”, para promover a interação e descontração.

As dinâmicas se apresentaram como um espaço no qual os participantes refletiram e discutiram questões de interesse mútuo. No momento de acolhimento, os participantes falaram de seus sonhos profissionais, realizações pessoais, a importância da família, amigos e da AJIR em suas vidas, além de conhecerem novos mundos através da leitura.

O diálogo possibilita a ampliação da consciência crítica sobre a realidade ao trabalhar a horizontalidade, a igualdade em que todos procuram pensar e agir criticamente com suporte na linguagem comum, captada no próprio meio onde vai ser executada a ação pedagógica e que exprime um pensamento baseado em uma realidade concreta. Nessa perspectiva, o diálogo tem a amorosidade como dimensão fundante, contrapondo-se à ideia de opressão e dominação (Freire, 2011).

Desenvolvimento: pedimos para cada participante escolher um livro com que se identificasse e, depois, que ficassem em círculo e contassem uma experiência sobre o livro que escolheram.

A ideia do Círculo nos remete a um espaço onde todos são inseridos de forma igualitária e sob o olhar uns dos outros. Nessa proposta, os participantes formam a figura geométrica do círculo e são acompanhados por um facilitador ou facilitadora das discussões que, como alguém mais experiente, participa de uma atividade comum em que se ensina e se aprende, sempre incentivando a participação e a escuta (Brandão, 2011).

Os campos de experiências a serem explorados são as atividades que contribuem para a imersão dos apreciadores no universo da história, que acontece, muitas vezes, através da organização de Círculos de Cultura, procedimento de mediação de grupo (Freire, 2003). Essas atividades foram pensadas de forma que pudessem contribuir para dar sentido aos textos e ampliar as vivências criativas, a favor do exercício dialógico que incentiva processos educativos com postura participativa.

A maior qualidade pedagógica do Círculo de Cultura de Freire (2011) é o permanente incentivo ao diálogo. Em uma proposta como essa, os participantes vão muito além do aprendizado individual. No Círculo de Cultura, faz-se uma leitura do mundo, de suas características, normas e seus afetos. Nele, aprendemos e ensinamos modos próprios de pensar e de agir diante do mundo. Pensar Círculos de Cultura para apresentar os textos, ou mesmo dialogar sobre seu enredo, antes ou após a leitura, certamente ampliará os campos de experiências a serem explorados pelas crianças e jovens.

Grande parte (12 deles) escolheu livros similares, com castelos, casarões, patrimônios históricos tombados e, quando perguntados sobre o porquê da escolha dos temas, responderam que, em seu distrito, têm muitas casas antigas, como o casarão ao lado da AJIR, o que representava a história da cidade, além do fato de eles sonharem com suas casas próprias, que a maioria não possui. Devido a isso, as crianças e os jovens ficavam encantados com os casarões e castelos.

Os participantes mencionaram, ainda, a leitura sobre as práticas populares, o reconhecimento das plantas medicinais, as parteiras e rezadeiras como parte de seus cotidianos de vida, citando que usam plantas medicinais para os chás e que já tiveram a oportunidade de receber uma reza para curar suas enfermidades. Dez dos participantes citaram que nasceram em casa com a ajuda de parteiras, que eram suas avós, pois, no distrito, não tem hospital, sendo encontrado apenas na sede do município.

Observou-se, na atividade de desenvolvimento, a confirmação do universo vocabular dos participantes visto nas visitas e observações in loco. Posteriormente, foi pedido para que eles criassem a logomarca do projeto. Todos desenharam e, em um momento de união e confraternização, escolheram um desenho que todos gostassem (Figura 1).


Figura 1: Logomarca escolhida pelos participantes do Clubinho de Leitura do Baú – CLB, distrito de Irajá, cidade de Hidrolândia – Ceará, 2016. Fonte: Associação dos Jovens do Irajá.

A vivência favoreceu o diálogo: os participantes apreciaram seu enredo, a logomarca, identificaram seus contextos e refletiram sobre os acontecimentos apresentados. Segundo Paulo Freire (2003), o diálogo é o encontro amoroso dos homens que, mediatizados pelo mundo, o “pronunciam”, isto é, transformam-no, e, transformando-o, humanizam-no para a humanização de todos.

É evidente que os livros proporcionam aos participantes um infinito acesso ao saber. A ação desses livros no imaginário das crianças e jovens e sua potencialidade na formação de novos leitores geram uma reflexão sobre os lugares que a Literatura ocupa dentro dos espaços coletivos.

Pensamos que esse é o maior contributo de um Círculo de Cultura nessa proposta, afinal, todos juntos podemos aprender, tornar-nos sujeitos, seres de história, de palavras e de ideias, que são as chaves para se abrirem portas de muitos mundos, de acordo com o pensamento freireano.

Monteiro (2007) menciona que as experiências promissoras desencadeadas por Paulo Freire, ante a efetivação prática desse conjunto de pensamentos e atitudes, buscaram uma legítima educação como processo de inclusão e cidadania e fomentaram o movimento de Educação Popular. Essa educação frutífera transcende a modificação dos métodos de educar e transforma as pessoas, antes passivas, em partícipes na transformação da realidade, pois, ao mesmo tempo que educa e politiza as pessoas, desperta-as para a consciência crítica das possibilidades e dos compromissos com a construção de um mundo mais solidário.

Posteriormente, esse universo de palavras foi tematizado e problematizado, quando foram realizadas leituras coletivas e, em seguida, foram feitos desenhos, redações, poemas, músicas, danças e teatro sobre o tema, apresentados no dia das crianças e jovens para os familiares e comunidade.

A tematização é o processo no qual os temas e palavras geradoras são codificados e decodificados, buscando-se a consciência do vivido, o seu significado social, o que possibilita a ampliação do conhecimento e a compreensão dos educandos sobre a própria realidade, na perspectiva de intervirem criticamente sobre ela (Brandão, 2011). O importante não é transmitir conteúdos específicos, mas despertar uma nova forma de relação com a experiência vivida.

A educação popular, por meio da arte e cultura, proporcionou a apresentação de significados que os jovens constroem em suas vivências, promovendo o solidarismo comunitário e a troca de experiências na reflexão com ação, pois as manifestações culturais se colocam como um caminho pelo qual as pessoas ganham significação como sujeitos e conquistam o mundo para a sua libertação.

A Educação Popular é uma educação comprometida e participativa, orientada pela perspectiva de realização de todos os direitos do povo. Não é uma educação fria e imposta, pois se baseia no saber da comunidade e incentiva o diálogo (Barbosa, 2008).

A experiência favoreceu a problematização experienciada na comunidade local, em que se incentivou e estimulou a utilização e a expressão de diferentes formas de linguagem e representação da realidade das juventudes.

Além disso, a ação de problematizar enfatiza o sujeito práxico, que discute os problemas surgidos da observação da realidade com todas as suas contradições, buscando explicações que o ajudem a transformá-la. O sujeito, por sua vez, também se transforma na ação de problematizar e passa a detectar novos problemas na sua realidade, e assim sucessivamente.

Nesse sentido, a problematização emerge como momento pedagógico, como práxis social, como manifestação de um mundo refletido com o conjunto dos atores, possibilitando a formulação de conhecimentos com base na vivência de experiências significativas (Abreu et al., 2013).

Nossa experiência se pautou na Educação Popular por poder ser aplicada em qualquer contexto, mas principalmente por suas aplicações serem mais comuns em assentamentos rurais, em instituições socioeducativas, em aldeias indígenas. A prioridade é dada a movimentos sociais, por serem estes os canais pelos quais se faz ouvir a voz das maiorias.

A Educação Popular é uma educação comprometida e participativa, orientada pela perspectiva de realização de todos os direitos do povo. Sua principal característica é utilizar o saber da comunidade como matéria prima para o ensino. É aprender a partir do conhecimento do sujeito e ensinar a partir de palavras e temas geradores de seu cotidiano (Brandão, 2011).

Avaliação: a avaliação é realizada a cada encontro, de acordo com as impressões dos participantes. Para isso, foi utilizada uma pergunta norteadora: “Como vocês estão saindo desse encontro?”

No momento da avaliação, foi possível compreender o impacto e a mudança nas produções de vida que o Círculo de Cultura proporcionou às crianças e aos jovens do sertão. O Círculo de Cultura favorece o incentivo e estímulo à utilização e à expressão de diferentes formas de linguagem e representação da realidade (Padilha, 2003).

As crianças e jovens receberam de forma positiva as atividades propostas, por entenderem que o desenvolvimento das ações ocorre a partir deles como atores principais do processo de ensino-aprendizagem.

A liberdade dos diálogos no grupo e das expressões artísticas dos participantes proporcionou resultados satisfatórios, com o estabelecimento de vínculos e troca de saberes acerca do tema de interesse dos participantes, com diálogos, em que se pôde ver que as expressões artísticas simbolizam, para esses atores sociais, sonhos, realizações pessoais, a importância da família, amigos e as lembranças de histórias vividas em seus cenários de vida.

Considerações finais

O momento de oportunidade, de promoção do diálogo e cultura junto a crianças e jovens no sertão cearense requer novos olhares, novos desafios e atitudes de construção por parte de atores sociais corresponsáveis diante de movimentos sociais e estímulos comunitários, produzindo significados nesses territórios emergentes, com possibilidade de melhorias para essas localidades.

Reescrevendo páginas de uma história, nas quais todos são agentes de um contexto em transformação, no ideário da educação emancipatória, com justiça social, os Círculos de Cultura adentram as ações de extensão no território nordestino com o intuito de fortalecer a ação de todos que fazem parte da troca de experiências, por fortalecerem processos de empowerment dos coordenadores e participantes no exercício de sua cidadania como sujeitos de uma história em transformação.

Nesse sentido, esse projeto busca considerar e sensibilizar a extensão na universidade, com vistas a contribuir para a discussão sobre esses cenários e sujeitos, considerando a cultura e o lazer como produções de vida, histórias e relações como possibilidades de realizar experiências coletivas.

Referências Bibliográficas

 

ABREU, L. D. P. et al. Abordagem educativa utilizando os Círculos de Cultura de Paulo Freire: experiência de acadêmicos de enfermagem no “Grupo Adolescer”. Adolesc. Saúde, Rio de Janeiro, v. 10, n. 4, p. 66-70, out/dez. 2013.

BRANDÃO, C. R. O que é o método Paulo Freire. 32. ed. São Paulo: Brasiliense, 2011.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo/Parecer 36/2001. Brasília: MEC/SEB, 2001.

CAVALCANTE, L. D. E.; FEITOSA, L. T. Bibliotecas comunitárias: mediações, sociabilidades e cidadania. Liinc em revista, v. 7, n. 1, p. 121-130, mar. 2011. 

FREIRE, P. O caminho se faz caminhando: conversas sobre educação e mudança social. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2003.

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IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010: resultados preliminares. Pirâmide etária. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/censo2010/piramide_etaria/index.php>. Acesso em: 16 out. 2016.

MANKE, L. S. Leitores rurais: apropriação ético-prática nos sentidos atribuídos à leitura.  ICH/UFPEL. 36. Reunião Anual da ANPED, GT 10, 2013.

MONTEIRO, E. M. L. M. (Re)Construção de Ações de Educação em Saúde a partir de Círculos de Cultura: experiência participativa com enfermeiras do PSF do Recife/PE. Fortalezza, 2007. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2007.

PADILHA, P. R. Currículo intertranscultural: por uma escola curiosa, prazerosa e aprendente. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.

TORRES, R. A. M.  Sexualidade e relações de gênero na escola [manuscrito]: uma cartografia dos saberes, práticas e discursos dos/as docentes. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2009.

Resumo

A experiência tem como objetivo descrever as práticas coletivas, culturais e de leitura junto a crianças da Associação dos Jovens do Irajá – AJIR/Biblioteca 21 de Abril, distrito de Hidrolândia/CE, com base nos Círculos de Cultura de Paulo Freire. O projeto de extensão tem o acompanhamento pedagógico de pesquisadores, enfermeiros(as) mestres e doutor da Universidade Estadual do Ceará, representantes da AJIR, e duas monitoras, estudantes de pedagogia da comunidade irajaense, junto às crianças que participam da Biblioteca 21 de Abril. Esses sujeitos apresentaram suas redações e desenhos acerca de suas leituras e histórias de vida. Posteriormente, foram realizadas expressões artísticas e culturais como dança, teatro, cordel, poesia, música etc. Logo, a experiência favoreceu, incentivou e estimulou a utilização e a expressão de diferentes formas de linguagem, leitura e representação da realidade, por meio de uma prática de leitura emancipatória, com estabelecimento de vínculos e troca de saberes.

Palavras-chave: cultura popular, crianças, leitura, arte, círculos de cultura.

Data de recebimento: 05/11/2017
Data de aprovação: 25/04/2018

Raimundo Augusto Martins Torres augustomtorres@gmail.com

Pesquisador, Docente do Curso de Graduação em Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde – PPCLIS, Universidade Estadual do Ceará – UECE, Fortaleza, Ceará, Brasil. Enfermeiro e Doutor em Educação. Fundador da Associação dos Jovens de Irajá – AJIR (Biblioteca 21 de Abril e Web Rádio AJIR). Líder do grupo de Pesquisa Políticas, Saberes e Práticas em Enfermagem e Saúde Coletiva – LAPRACS/UECE.

Leidy Dayane Paiva de Abreu dayannepaiva@hotmail.com

Enfermeira. Mestre em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde – PPCCLIS pela Universidade Estadual do Ceará – UECE, Fortaleza, Ceará, Brasil e Doutoranda no mesmo Programa e Instituição de Ensino Superior. Integrante do Grupo de Pesquisa em Políticas, Saberes e Práticas em Enfermagem e Saúde Coletiva – LAPRACS/UECE e do Projeto de Pesquisa, Ensino e Extensão: Web Rádio AJIR - UECE.

Aretha Feitosa de Araújo aretha.feitosa@gmail.com

Enfermeira. Mestre em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde – PPCCLIS pela Universidade Estadual do Ceará – UECE, Fortaleza, Ceará, Brasil e Doutoranda no mesmo Programa e Instituição de Ensino Superior. Integrante do Grupo de Pesquisa em Políticas, Saberes e Práticas em Enfermagem e Saúde Coletiva – LAPRACS/UECE e do Projeto de Pesquisa, Ensino e Extensão: Web Rádio AJIR - UECE.

Maria Rocineide Ferreira da Silva rocineideferreira@hotmail.com

Pesquisadora, Docente do Curso de Graduação em Enfermagem e do Programa de Pós Graduação em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde – PPCCLIS, Universidade Estadual do Ceará - UECE, Fortaleza, Ceará, Brasil. Enfermeira. Doutora em Saúde Coletiva pela UECE. Vice-líder do grupo de Pesquisa em Políticas, Saberes e Práticas em Enfermagem e Saúde Coletiva - LAPRACS/UECE.