Resumo
A entrevista com Ana Paula Oliveira, fundadora do Movimento Mães de Manguinhos – favela situada na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, BR – traz o relato de seu sofrimento enquanto uma mãe que perdeu seu filho pela ação violenta do Estado do Rio de Janeiro, em 2014. Todavia, não se trata tão somente do relato de uma tragédia individual, mas da transformação do luto em luta, rompendo com a condição de vitimizada e de silenciamento. A entrevistada compartilha a força de quem resiste, de quem não se intimida e utiliza o próprio sofrimento para acolher e prevenir o sofrimento de outras mães que passam por situações de luto semelhante em várias regiões do Brasil. É se juntando a outras mães e a outros movimentos sociais, com a força de quem tem coragem de aprender e transformar, que encontra algumas respostas à sua pergunta: “Porque a polícia matou meu filho?”
Resumen
La entrevista con Ana Paula Oliveira, fundadora del Movimento Mães de Manguinhos – favela situada en la zona norte de la ciudad de Río de Janeiro, Brasil – trae el relato de su sufrimiento como madre que perdió su hijo por el accionar violento del Estado de Rio de Janeiro, en 2014. No se trata tan solamente del relato de una tragedia individual, sino de la transformación del duelo en lucha, rompiendo con la condición de victimizada y de silenciamiento. La entrevistada comparte la fuerza de quien resiste, de quien no se intimida y utiliza su propio sufrimiento para acoger y prevenir el sufrimiento de otras madres que pasan por situaciones de duelo semejantes en varias regiones de Brasil. Es juntándose a otras madres y a otros movimientos sociales, con la fuerza de quien tiene el coraje de aprender y transformar, que encuentra algunas respuestas a su pregunta: “¿Por qué la policía mató a mi hijo?”
Abstract
The interview with Ana Paula Oliveira, founder of Movimento Mães de Manguinhos – a favela located in the north zone of the city of Rio de Janeiro, BR – tells the story of her suffering as a mother who lost her son due to the violent action of the State of Rio de Janeiro, in 2014. However, it is not just the report of an individual tragedy, but the transformation of mourning into struggle, breaking with the condition of victimization and silence. The interviewee shares the strength of those who resist, of those who are not intimidated and use their own suffering to welcome and prevent the suffering of other mothers who go through similar grief situations in various regions of Brazil. It is by joining other mothers and other social movements, with the strength of someone who has the courage to learn and transform, that she finds some answers to her question: “Why did the police kill my son?”
Data de recebimento: 01/02/2024
Data de aprovação: 19/02/2024
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