Temas em Destaque
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“Somos muitos, somos diversos e aqui estamos cruzando fronteiras”: Reflexões sobre a compreensão dos processos migratórios juvenis
De acordo com estimativas das Nações Unidas para o ano de 2013, aproximadamente 232 milhões de migrantes internacionais percorriam o mundo fugindo da pobreza, das violências, dos conflitos sociais e armados e das precárias condições de seus países de origem. Segundo esses dados, os/as jovens entre 15 e 24 anos de idade constituíam 10% do total de pessoas migrantes. Esses são alguns dos dados trazidos pela autora María Margarita Echeverri Buriticá, pesquisadora Associada da Faculdade de Psicologia da Pontificia Universidad Javeriana, Bogotá Colômbia, especialista no tema das identidades e migrações, com especial ênfase no estudo da população juvenil, e Doutora em Ciências Políticas e Sociologia pela Universidad Complutense de Madrid. Para ela, apesar do número significativo da presença dos/das jovens nos processos de migração, a heterogeneidade de seus projetos migratórios não é registrada por completo nas produções acadêmicas e políticas. Considera que as formas em que foi concebida e analisada a juventude migrante, herdeiras de um pensamento positivista e colonialista, seguem tratando os jovens migrantes como um problema social (que deve ser resolvido). Inserida no contexto de processos migratórios gerais, a população jovem migrante é ignorada nos seus projetos autônomos e diversos. Leia mais.
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A difusão do diagnóstico de transtorno bipolar infantil: controvérsias e problemas atuais
Herdeiro dos efeitos epidêmicos, não previstos, provocados pela difusão do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais - DSM-IV, o transtorno bipolar, originalmente relacionado à faixa etária adulta, vem se expandindo para idades cada vez menores. De acordo com os autores, Thais Klein, psicóloga, Mestre em Teoria Psicanalítica pelo Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Mestre em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Brasil, e Rossano Cabral Lima, Doutor em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da UERJ e Professor Adjunto e Vice-Diretor do Instituto de Medicina Social da UERJ - Brasil, nas últimas três décadas, o transtorno bipolar infantil, se tornou alvo de discussões e passou a ser um diagnóstico amplamente utilizado. Sua expansão revela-se no grande interesse das indústrias farmacêuticas na direção da difusão deste diagnóstico e do seu tratamento medicamentoso, pois trata-se de um transtorno mental crônico, que se estenderia para a vida toda. Os autores assinalam que, de uma maneira geral, o transtorno bipolar do humor infantil ainda é um fenômeno eminentemente norte-americano. No entanto, asseveram ser impossível negar a influência que a psiquiatria norte-americana exerce sobre o contexto brasileiro. Leia mais.
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Moralidade e a exploração do trabalho infantil doméstico: as visões de ex-trabalhadoras infantis e patroas
O trabalho infantil doméstico (TID), apesar de enfrentado por diversas organizações sociais no Brasil e internacionalmente há mais de 17 anos, ainda é aceito por boa parte da sociedade brasileira como um caminho natural para crianças e adolescentes pobres, afirma Danila Gentil Rodriguez Cal, Doutora em Comunicação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e professora adjunta da Faculdade de Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia da Universidade Federal do Pará (UFPA) – Brasil. A partir da observação das conversas entre ex-trabalhadoras infantis domésticas, por um lado, e patroas, do outro, a autora traz neste artigo a análise das falas de mulheres diretamente envolvidas com esse tipo de trabalho infantil com o intuito de revelar os entendimentos por elas partilhados sobre o processo pelo qual o trabalho infantil doméstico reproduz-se, embora questionado por organizações sociais, governos e mídia. Foram realizados cinco grupos focais, com uma média de cinco participantes, num total de 24 mulheres entrevistadas, com idades entre 20 e 59 anos, escolhidas por bairros com diferentes perfis socioeconômicos da cidade de Belém, capital do Pará. Leia mais.
Informações bibliográficas
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“Relaciones interpersonales y violencias entre adolescentes: un estudio de las relaciones entre las violencias entre adolescentes de las escuelas secundarias mexicanas”
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Levantamento Bibliográfico
Nesta seção, apresentamos o levantamento bibliográfico dos livros publicados na área das ciências humanas e sociais dos países da América Latina sobre infância e juventude. O levantamento contemplou obras publicadas no período de Junho à Setembro de 2017 cujas informações puderam ser obtidas nos sites de suas respectivas editoras.