As expressões subjetivas de adolescentes autores de atos infracionais

DOI® https://doi.org/10.54948/desidades.v1i37.56766
  • Rayssa Jackeline Graça Maciel
    Universidade Federal do Amazonas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Manaus, Amazonas, Brasil
  • Adinete Sousa da Costa Mezzalira
    Universidade Federal do Amazonas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Manaus, Amazonas, Brasil

Resumo

O presente artigo surge como resultado de uma pesquisa que investigou as expressões subjetivas de adolescentes inseridos em um Centro Socioeducativo de Internação. Utilizou-se como metodologia os pressupostos da Epistemologia Qualitativa para compreender a Subjetividade Humana. O acesso às informações ocorreu por meio de indutores de estímulo às dinâmicas conversacionais – roteiro de entrevista semiestruturado – e análise documental do Plano Individual de Atendimento (PIA). Os resultados demonstraram que os sentidos subjetivos experimentados pelos adolescentes acerca do ato infracional foram: (a) sentimentos de nervosismo, tristeza e arrependimento, (b) processo de naturalização dos atos e (c) o comprometimento com a prática infracional, ou seja, a responsabilização pelo ato. Pode-se concluir, de forma geral, a importância de considerar o PIA como um instrumento indutor da expressão simbólica do adolescente, contribuindo tanto para a efetivação do princípio da individualização da medida socioeducativa quanto para o seu processo de ressocialização na sociedade. Palavras-chave: adolescentes, medida socioeducativa, Plano Individual de Atendimento, ato infracional.

  • adolescentes
  • medidas socioeducativas
  • Plano individual de Atendimento
  • ato infracional

Resumen

Este artículo investigó las expresiones subjetivas de adolescentes insertos en un Centro Socioeducativo. Se utilizó la metodología de la Epistemología Cualitativa para entender la Subjetividad Humana. El acceso a la información fue a través de inductores para estimular dinámicas conversacionales – guión de entrevista semiestructurado – y análisis documental del Plan Individual de Atención (PIA). Los resultados mostraron que los significados subjetivos experimentados por los adolescentes sobre la infracción fueron: (a) sentimientos de nerviosismo, tristeza y arrepentimiento, (b) proceso de naturalización de los actos y (c) compromiso con la infracción, es decir, responsabilidad por el acto. Se puede concluir, en general, la importancia de considerar el PIA como un instrumento que induce la expresión simbólica de los adolescentes, contribuyendo así tanto a la realización del principio de individualización de la medida socioeducativa como a su proceso de resocialización en la sociedad.

  • adolescentes
  • medida socioeducativa
  • plan de atención individual
  • infracción

Abstract

This article deals with research that investigated the subjective expressions of adolescents inserted in a socio-educational center. Used the methodology of qualitative epistemology to understand the human subjectivity. Access to information was through inducers of stimulus to conversational dynamics – semi-structured interview script – and documental analysis of the Individual Care Plan (PIA). The results showed that the subjective meanings experienced by the adolescents about the infraction were: (a) feelings of nervousness, sadness and regret, (b) process of naturalization of acts and (c) responsibility for the criminal transgressions. It can be concluded, in general, the importance of considering the PIA as an instrument inducing the symbolic expression of adolescents, thus contributing both to the realization of the principle of individualization of the socio-educational measure and to its process of resocialization in society.

  • adolescents
  • socio-educational measure
  • individual care plan
  • infraction

Data de recebimento: 06/02/2023

Data de aprovação: 15/10/2023

Baixar PDF
do artigo completo
  • Rayssa Jackeline Graça Maciel

    Assistente Social pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Brasil. Mestra pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFAM. Pesquisadora nos campos da Criança e do Adolescente, Socioeducação, Direitos Humanos e Saúde Mental na Rede de Atenção Psicossocial – RAPS.

  • Adinete Sousa da Costa Mezzalira

    Psicóloga (2002). Professora da Universidade Federal do Amazonas – UFAM, Brasil. Membro do Laboratório de Pesquisa em Psicologia do Desenvolvimento Humano e Educação (LADHU – UFAM). Atua na área da Psicologia Escolar e Educacional, no âmbito do ensino, pesquisa e extensão.