Juventudes negras de escolas públicas de periferias de Fortaleza: narrativas e re-existência frente ao racismo

DOI® https://doi.org/10.54948/desidades.v0i34.53010
  • Raimundo Cirilo de Sousa Neto
    Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Ceará, Brasil.
  • Carla Jéssica de Araújo Gomes
    Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Ceará, Brasil.
  • Ingrid Rabelo Freitas
    Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza, Ceará, Brasil.
  • João Paulo Pereira Barros
    Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Ceará, Brasil.
  • Mayara Ruth Nishiyama Soares
    Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Ceará, Brasil.
  • Larissa Ferreira Nunes
    Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Ceará, Brasil.
  • Lara Thayse de Lima Gonçalves
    Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Ceará, Brasil.
  • Luciana Lobo Miranda
    Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Ceará, Brasil.

Resumo

A pesquisa analisou como estudantes de escolas públicas do Grande Bom Jardim (GBJ), em Fortaleza, Ceará, narram suas experiências relacionadas ao racismo e produzem estratégias de enfrentamento e re-existência frente a esta problemática. Trata-se de uma pesquisa participativa em psicologia inspirada nas teorias críticas feministas e nos estudos críticos à colonialidade. Foram utilizados dois dispositivos registrados por meio de diários de campo: 1) Acompanhamento do IV Festival das Juventudes: Arte, Cultura e Direitos Humanos; 2) Realização de uma oficina sobre negritudes e literaturas periféricas durante o mesmo festival. O racismo tem produzido efeitos psicossociais nas juventudes periféricas e, por consequência, reflete de diferentes formas nas trajetórias desses jovens, principalmente no ambiente escolar e nas formas de re-existência que estão sendo acionadas por eles/as a partir da arte e da criação de alianças entre seus corpos.

  • juventudes
  • negritudes
  • escola
  • racismo
  • resistência

Resumen

La investigación analizó cómo los alumnos de las escuelas públicas de Grande Bom Jardim (GBJ), en Fortaleza-CE, narran sus experiencias relacionadas con el racismo y producen estrategias de enfrentamiento y re-existencia frente a esta problemática. Se trata de una investigación participativa en psicología inspirada en las teorías feministas críticas y en los estudios críticos con la colonialidad. Se utilizaron dos dispositivos, registrados mediante diarios de campo: 1) Acompañamiento del IV Festival de la Juventud: Arte, Cultura y Derechos Humanos; 2) Realización de un taller sobre negritud y literatura periférica durante el mismo festival. El racismo ha producido efectos psicosociales en los jóvenes de la periferia, por lo tanto, se refleja de diferentes maneras en las trayectorias de estos jóvenes, especialmente en el ámbito escolar, y en las formas de re-existencia que están siendo accionadas por ellos desde el arte y la creación de alianzas entre sus cuerpos.

  • juventud
  • negritud
  • escuela
  • racismo
  • resistencia

Abstract

The research analyzed how students from public schools in Grande Bom Jardim (GBJ), in Fortaleza- CE, narrate their experiences related to racism and produce strategies of confrontation and re-existence in face of this problematic. This is a participatory psychology research inspired by critical feminist theories and studies critical to coloniality. Two devices were used, registered by means of field diaries: 1) Accompaniment of the IV Festival of the Youth: Art, Culture and Human Rights; 2) Realization of a workshop about blackness and peripheral literature during the same festival. Racism has produced psychosocial effects in peripheral youth, thus, it is reflected in different ways in the trajectories of these young people, especially in the school environment, and in the forms of re-existence that are being triggered by them from art and the creation of alliances between their bodies.

  • youth
  • negritude
  • school
  • racism
  • resistance

Data de recebimento: 15/06/2022

Data de aprovação: 22/12/2022

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  • Raimundo Cirilo de Sousa Neto

    Psicólogo formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Brasil. Integrante do Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violência, Exclusão Social e Subjetivação (VIESES-UFC) e do Artes Insurgentes: Coletivizando Resistências.

  • Carla Jéssica de Araújo Gomes

    Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Brasil. Bolsista CAPES. Integrante do Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violência, Exclusão Social e Subjetivação (VIESES-UFC) e do Artes Insurgentes: Coletivizando Resistências.

  • Ingrid Rabelo Freitas

    Assistente Social de Formação pela Faculdade Metropolitana de Fortaleza (FAMETRO), Ceará, Brasil, brincantes do Maracatu Nação Bom Jardim e Assessora de juventudes do Programa Jovens Agentes de Paz do Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza. Integrante do Fórum de Escolas Pela Paz do Grande Bom Jardim, Fortaleza, Ceará.

  • João Paulo Pereira Barros

    Professor do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Brasil. Coordenador do Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violência, Exclusão Social e Subjetivação (VIESESUFC). Bolsista de Produtividade nível 2 do CNPQ.

  • Mayara Ruth Nishiyama Soares

    Psicóloga. Mestranda em Psicologia no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Brasil. Bolsista CAPES. Colaboradora do Grupo de Pesquisa e Intervenções sobre Violências, Exclusão Social e Subjetivação (VIESES-UFC) e do Laboratório em Psicologia, Subjetividade e Sociedade (LAPSUS).

  • Larissa Ferreira Nunes

    Doutoranda e Mestre em Psicologia no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Brasil. Bolsista FUNCAP-CE. Integrante do Grupo de Pesquisa e Intervenções sobre Violências, Exclusão Social e Subjetivação (VIESES-UFC).

  • Lara Thayse de Lima Gonçalves

    Mestranda em Psicologia na Universidade Federal do Ceará (UFC), Brasil. Bolsista FUNCAP-CE. Integrante do Laboratório em Psicologia, Subjetividade e Sociedade (LAPSUS) e do Coletivo Artes Insurgentes: Coletivizando Resistências.

  • Luciana Lobo Miranda

    Professora Titular do Departamento e do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Brasil. Coordenadora do Laboratório em Psicologia, Subjetividade e Sociedade (LAPSUS) e do coletivo Artes Insurgentes: Coletivizando Resistências.