Editorial – Ed. 31

A publicação desta 31a edição da DESIDADES completa oito anos da revista com edições ininterruptas desde dezembro de 2013. É fruto de um trabalho coletivo de muitos – equipe editorial, autoras/es, parceiros, leitoras/es, conselheiros/as – que acreditam na criação e consolidação de um espaço de reflexão e discussão crítica sobre as questões da infância, adolescência e juventude dos países da América Latina como necessário para ampliar o escopo do debate, da pesquisa científica e das políticas públicas neste campo de estudos. Ainda, infelizmente, sobrepõem-se a indiferença societária e, por vezes, a ignorância, no tratamento das questões destes segmentos geracionais, haja vista como se invisibilizou, da discussão e preocupação públicas, o grave e irremediável impacto da pandemia sobre a educação escolar e a segurança alimentar da grande maioria de crianças e jovens brasileiros. Neste sentido, vai nossa insistência em sobreviver como revista comprometida com a divulgação do conhecimento científico nesta área, sobrevivência essa a duras penas frente ao desmonte das instituições acadêmicas e de pesquisa no país no atual governo.

No entanto, é com alguma esperança que encerramos mais este ano, já que essa, a esperança, não traduz uma certeza a respeito do futuro, mas, sim, uma aposta convicta no meio das incertezas e embates, como nos inspirou e inspira Marielle Franco, e tantas outras e outros, que agiram mesmo sem poder conferir os ganhos de suas lutas. Nessa aposta de fazer a revista acontecer a cada quatro meses, materializada nas três edições anuais, a Equipe Editorial tem discutido os caminhos e as escolhas, revisto as suas práticas e, muitas vezes, deliberado por algumas mudanças que podem trazer qualificação e agilidade ao processo editorial e maior alcance na difusão do conteúdo. A mais recente que compartilhamos com todos e todas é a alteração no subtítulo da revista que, a partir da 31ª edição, passará a ser: DESIDADES Revista Científica da Infância, Adolescência e Juventude. Um dos fundamentos da nossa política editorial consiste na relevância dada à divulgação do conhecimento científico para além dos muros da Universidade, princípio que continuamos a manter. Contudo, acreditamos que a mudança no subtítulo da revista qualificará e caracterizará melhor, e de modo mais conciso, a revista pelo que ela é e objetiva seguir sendo.

Nesta edição, a revista traz duas Seções em Temas em Destaque, a Seção Temática “Interdisciplinaridade no campo da infância, adolescência e juventude”, com cinco artigos; e a Seção Livre, com sete artigos. Os artigos da Seção Temática são assinados por colegas do Núcleo Interdisciplinar de Estudos da Infância, Adolescência e Juventude (NIAJ) da Universidade Federal do Rio de Janeiro que abriga docentes e pesquisadores/as desta Universidade, e também de outras instituições públicas de ensino superior, como UNIRIO, UFF e a UERJ. O desafio de encarar como e em que bases esta discussão, absolutamente necessária, se faz, é assumido nestes cinco artigos que tratam de questões como violência, saúde, educação e ação política na infância, adolescência e juventude. No Espaço Aberto, a entrevista também traz uma boa conversa sobre a criação deste Núcleo, o NIAJ, e como ele pretende galvanizar as ações de pesquisa, formação e extensão com enfoque interdisciplinar, no nosso estado e no país, no âmbito deste campo de estudos.

Nesta edição, DESIDADES publica a seção temática “Interdisciplinaridade no campo da infância, adolescência e juventude”, visando dar visibilidade a experiências colaborativas em torno de novas práticas teórico-metodológicas e de ação-intervenção, baseadas em fazeres coletivos entre as especialidades que, assim, possam refletir e produzir novos modos de compreender e falar sobre os sujeitos humanos em convivência societária.

As ciências humanas seriam, por definição, multiparadigmáticas, no sentido mesmo proposto por Thomas Kuhn na sua obra clássica “A Estrutura das Revoluções Científicas” de 1962. No entanto, a ciência moderna e, principalmente, o sistema de ensino consolidado no século XIX têm avançado soberbamente na fragmentação dos saberes e abordagens, alargando ou estreitando as fronteiras de acordo com o viés epistemológico aceito numa determinada comunidade científica. Assim, diante de um problema, um acontecimento, um sujeito, cada disciplina propõe o seu retrato, sua análise, sua solução. Os indivíduos, portanto, também são esfacelados nas abordagens disciplinares, recortados nas especialidades disponíveis em cada momento da sua jornada de vida: de modo resumido e caricato, a prescrição especializada sugere medicina para as doenças do corpo, psicologia para os males emocionais, sociologia para as desordens da vida em comunidade, e assim por diante. Como interromper ou frear a fragmentação e, de algum modo, buscar religar os saberes? Desde meados do século passado tem crescido um movimento em torno de novas abordagens não disciplinares, experimentos multi-trans-interdisciplinares que têm sido objeto de novas abordagens epistemológicas e novas práticas de ensino-aprendizado.

A participação de crianças e adolescentes em ambientes de deliberação pública é objeto de reflexão por Conceição Firmina Seixas Silva, Giselle Arteiro Nielsen Azevedo e Heloisa Dias Bezerra no artigo Escuta e diálogo: crianças e jovens na formação de minipúblicos potentes para a construção de políticas inclusivas. As autoras trabalham a concepção de minipúblico, pondo em destaque uma experiência que viabiliza atos de fala, de escuta e de troca com vistas a obtenção de subsídios para a implantação de ações e políticas voltadas para a redução de vulnerabilidades em territórios periféricos. Crianças e adolescentes constituem um público cuja voz é notadamente silenciada quando o assunto envolve política e as decisões políticas que vão ter impacto na vida cotidiana.

Com olhares distintos, dois artigos abordam questões sobre a adolescência e suas multidimensionalidades. Em A adolescência negligenciada: múltiplos olhares, Ana Lucia Ferreira, Joana Garcia e Marta Rezende Cardoso buscam compreender a negligência como uma manifestação de violência nem sempre visível, trazendo uma reflexão pungente sobre as ausências institucionais e familiares, especialmente no que se refere a proteção e cuidado desses sujeitos, fato que, não raro, esconde aspectos culturais e políticos socialmente aceitos, tais como desinformação, maus tratos intrafamiliares, precariedade nos meios de subsistência e de assistência pública. A proteção dos adolescentes é tomada como um dever ser coletivo para assegurar aspectos materiais e legais, bem como o fortalecimento do próprio sujeito nas práticas de autocuidado e autoproteção. O artigo é ilustrado com um caso inspirado em demandas cotidianas de uma unidade de saúde, envolvendo uma adolescente em situação marcada por formas distintas de negligência.

De uma outra perspectiva, em Adolescência e suas marcas: o corpo em questão, Beatriz Akemi Takeiti e Cristiana Carneiro e Simone Ouvinha Peres refletem sobre a temática do corpo enquanto objeto de estudo privilegiado para os campos da adolescência e juventude, trazendo questões singulares sobre as marcações do corpo, sejam tatuagens, piercings e cutting, as quais encarnam novos modos de identidade social, de gênero, pertencimento social e também de violências e autoviolências. Para as autoras o corpo passou a ocupar um lugar de destaque na cena social, demandando atenção, cuidados, intervenções públicas e regulações biológicas e culturais.

No artigo Agravamento das vulnerabilidades infantojuvenis: uma análise sociopolítica do sofrimento psíquico durante a pandemia de COVID-19, Edson Guimarães Saggese, Ivone Evangelista Cabral e Luciana Gageiro Coutinho analisam alguns impactos do período pandêmico sobre crianças e adolescentes, buscando contextualizar e articular vulnerabilidade social e vulnerabilidade psíquica. O afastamento da escola e a redução do atendimento presencial nas unidades de saúde aparecem como fatores relevantes para o aumento da vulnerabilidade e das violências, seja pela ampliação do tempo de permanência em casa, no convívio intrafamiliar, seja por afastar crianças e adolescentes de espaços que de certo modo oferecem alguma proteção e um lugar de escuta.

Por fim, em A criança e seus mil dias: articulações entre saúde e educação, Antonio José Ledo Cunha e Patrícia Corsino analisam os primeiros anos de vida de uma criança, estabelecendo um diálogo profícuo entre Saúde e Educação Infantil. A análise recai sobre a atenção integral e o marco legal da primeira infância, abrangendo desde os direitos fundamentais às políticas voltadas para a primeira infância, com ênfase nos primeiros mil dias, que são essenciais para o pleno desenvolvimento das crianças, para o aprimoramento das sociedades e a diminuição de desigualdades.

A Seção Livre de Temas em Destaque traz sete artigos. Em Diante do fim do mundo, recomeçar pela infância, escrito no contexto da pandemia no Brasil, Marina Harter Pamplona e Marcelo Santana Ferreira abordam a importância de lançarmos o olhar sobre a relação existente entre a imagem de uma destruição necessária para a abertura do novo e o gesto retroversivo da narrativa operacionalizado pelas lembranças de infância. No horizonte, uma concepção política de infância capaz de construir outras formas de ler a história em oposição aos regimes políticos totalitários que se apresentam movidos por outra espécie de destruição.
No artigo Niñez, educación y pandemia: la experiencia de las familias en Buenos Aires (Argentina), de Marina Moguillansky e Carolina Duek, a não distribuição igualitária de condições e acesso à educação virtual, se apresentaram como reprodução de desigualdades preexistentes. Enquanto as escolas particulares, que abrigam crianças de famílias da classe média e média alta, tiveram um começo mais rápido da proposta de educação virtual e acesso aos múltiplos recursos à sua realização, as escolas públicas, que abrigam crianças de famílias de classes populares e clase média baixa, tiveram dificudades para se inserirem num sistema educacional distante de suas condições de aporte e realização.

Tendo como objeto de estudo as mobilizações políticas com referencial democrático, de igualdade e de respeito às diferenças, Ana Carolina V. R. Santos, no artigo Feminismo teen e youtubers: feminismo na adolescência em tempos de redes sociais, buscou investigar o modo como as motivações, reflexões e experiências de adolescentes identificadas como feministas são impactadas pelas redes sociais, especialmente o YouTube.

A discussão em torno do trabalho infantil traz uma série de questões que se apresentam aparentemente resolutivas quando observadas à luz de sua erradicação, no entanto, como nos traz Natalia Sepúlveda Kattan em Contribuciones desde los movimientos de niños, niñas y adolescentes trabajadores a la discusión en torno al trabajo infantil, em uma perspectiva inovadora, há a necessidade de se dar voz e escuta aos movimentos de crianças e adolescentes trabalhadores que estão presentes na América Latina, Ásia e África, para que se possa lograr um melhor desenvolvimento conceitual do fenômeno, cuja discussão vai além do fato de meninos e meninas trabalharem.

De perspectivas distintas, dois outros artigos trazem o tema da violência. Em A notificação compulsória da violência contra crianças e adolescentes e seus desdobramentos via Conselho Tutelar, Joana Garcia e Vanessa Miranda Gomes da Silva, atestam haver ainda no Brasil uma naturalização de certas manifestações da violência, tornando-se importante a politização e a publicização das implicações das mesmas a fim de que se possa tornar o que é considerado natural ou imutável em algo que seja preferencialmente evitável. Já no artigo Avaliação de reincidência de ofensa sexual cometida por adolescentes de 16-18 anos, Ana Clara da Silva, Larissa Fernandez, Ranieli Gomes de Sousa, Vanessa Pereira, Andrea Schettino e Liana Fortunato Costa, trazem uma pesquisa exploratória realizada com adolescentes atendidos em um programa de assistência a famílias em situação de violência. O objetivo foi investigar, por meio do instrumento ERASOR 2.0, ainda pouco conhecido no contexto brasileiro, o risco de reincidência de ofensa sexual praticada pelos articipantes.

Por fim, a relação entre saúde e educação, é proposta por Maryana Rodrigues, Ingrid Siqueira, Vitória Santana, Juliana Caminha e Vivyan Correio, no artigo Reflexões sobre promoção de saúde na escola: invenções e possibilidades de uma extensão universitária. A preocupação com as questões referentes ao adoecimento e ao sofrimento psíquico causados pelo processo de preparação para o vestibular em jovens de Ensino Médio, resultou em um projeto de extensão idealizado por alunas do curso de Psicologia da Universidade Federal Fluminense- Niterói- RJ, realizado com estudantes vestibulandos de um colégio federal da mesma cidade.

A Seção de Levantamento Bibliográfico traz duas resenhas. Uma, de Vera Lucia G. Da Silva, sobre a obra “Pensar la educación en tiempos de pandemia: entre la emergencia, el compromiso y la espera”, organizado por Inés Dussel, Patricia Ferrante y Darío Pulfer; a outra, de Elen Alves dos Santos, sobre a obra “Infância, adolescência e mal-estar na escolarização: estudos de casos em psicanálise e educação”, de Cristiana Carneiro e Luciana Gageiro Coutinho.
Apresentamos também, como sempre, o levantamento de 38 publicações recém-lançadas no último trimestre no campo da infância, adolescência e juventude divulgadas no âmbito dos sites de editoras comerciais e universitárias nos países latino-americanos.

Gostaríamos de registrar aqui nossos mais sinceros agradecimentos pelo apoio financeiro de emenda parlamentar ao Orçamento da União de autoria do Deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), que tornou possível a impressão desta edição.
Agradecemos também a Thyago Machado, do Forum de Ciência e Cultura da UFRJ, pelo apoio inestimável no trâmite dos recursos desta Emenda Parlamentar.

Heloisa Dias Bezerra, Editora convidada da Seção Temática Interdisciplinaridade
Lucia Rabello de Castro, Editora Chefe
Sonia Borges Cardoso de Oliveira, Co-Editora

Agradecimentos aos Consultores/as Ad Hoc de 2021, listados abaixo em nominata:

Albenise de Oliveira Lima – Brasil, Universidade Católica de Pernambuco
Alfredo Nateras Domínguez – México, Universidad Nacional Autónoma de México
Ana Lila Lejarraga –Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Analicia Martins de Sousa – Brasil, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Ana Lucia Goulart de Faria – Brasil, Universidade Estadual de Campinas
Angela Alencar de Araripe Pinheiro – Brasil, Universidade Federal do Ceará
Antonio César de Holanda Santos – Brasil, Universidade Federal de Alagoas
Beatriz Akemi Takeiti – Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Beatriz Corsino Pérez – Brasil, Universidade Federal Fluminense
Clarice Cassab – Brasil, Universidade Federal de Juiz de Fora
Cristiana Carneiro – Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Diana Dadoorian – Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Diana Milstein – Argentina, Universidad Nacional de La Matanza
Doria Monica Arpini – Brasil, Universidade Federal de Santa Maria
Edson Guimarães Sagesse – Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Electra Gonzáles – Chile, Centro de Medicina Reproductiva y Desarrollo Integral del Adolescente
Elizabete Franco Cruz –Brasil, Universidade de São Paulo
Fátima Flórido Cesar – Brasil, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Fernanda Canavêz de Magalhães – Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Fernanda Theophilo da Costa-Moura – Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Flávia Cristina Silveira Lemos- Brasil, Universidade Federal do Pará
Gabriela Novaro – Argentina, Universidad de Buenos Aires
Guilhermo Arias Beaton – Cuba, Universidad de La Habana
Idilva Maria Pires Germano – Brasil, Universidade Santa Cruz do Sul
Jader Janer Moreira Lopes – Brasil, Universidade Federal Fluminense
Janaina Sampaio Zaranza – Brasil, Universidade Federal do Ceará
Jaqueline Cavalcanti Chaves – Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Jimena de Garay Hernández – Brasil, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
José Alfredo Debortoli – Brasil, Universidade Federal de Minas Gerais
José Ignacio Richaud – Chile, Aperturas Clínicas – centro de investigación y tratamiento de la infancia con problemas
Latif Antônia Cassab – Brasil, Universidade Estadual do Paraná
Lila Cristina Xavier Luz – Brasil, Universidade Federal do Piauí
Lúcia Isabel da Conceição Silva – Brasil, Universidade Federal do Pará
Luciana Gageiro Coutinho – Brasil, Universidade Federal Fluminense
Luciana Martins Quixadá – Brasil, Universidade Estadual do Ceará
Luciana Moreira de Araujo – Brasil, Pontifícia Universidade Católica (RJ)
Luciane De Conti – Brasil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Luís Felipe Rios do Nascimento – Brasil, Universidade Federal de Pernambuco
Marcelo Tadeu Baumann Burgos – Brasil, Pontifícia Universidade Católica (RJ)
Marcia Aparecida Gobbi – Brasil, Universidade de São Paulo
María Eugenia Rausky- Argentina, Universidad Nacional de la Plata
Marcos Cezar de Freitas – Brasil, Universidade Federal de São Paulo
Marcos Ribeiro Mesquita – Brasil, Universidade Federal de Alagoas
María Celeste Hernández – Argentina, Universidad Nacional de La Plata
Maria Cristina Ventura Couto – Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Maria Lidia Bueno Fernandes – Brasil, Universidade de Brasília
Maria Livia de Tommasi – Brasil, Universidade Federal do ABC
Maria Tereza Goudard Tavares – Brasil, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Maria Victoria Alzate Pedranhita – Colômbia, Universidad Tecnológica de Pereira
Mariana Mollica da Costa Ribeiro Araujo – Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Marta Xavier Fadrique – Brasil, Secretaria de Saúde do Município de Porto Alegre
Melissa Ribeiro Teixeira – Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Nair Monteiro Teles – Brasil, Fundação Oswaldo Cruz / Moçambique, Universidade Eduardo Mondlane
Natalia Alvarez-Prieto – Argentina, Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
Nécio Turra Neto – Brasil, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Neuza Maria de Fátima Guareschi – Brasil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Neyra Patricia Alavaro Solís – México, El Colegio de San Luis
Paola Jiron Martinez – Chile, Universidad de Chile
Ramiro Segura – Argentina, Universidad Nacional de La Plata
Raquel Corrêa de Oliveira – Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Rodrigo Gabbi Polli – Brasil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Roseane Amorim da Silva – Brasil, Universidade Federal Rural de Pernambuco
Rossano Cabral Lima – Brasil, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Silvia Pereira da Cruz Benetti– Brasil, Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Simone Ouvinha Peres – Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Sofia Hengen – Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Tereza Correia da Nóbrega Queiroz – Brasil, Universidade Federal da Paraíba
Vanessa Barbosa Romera Leme – Brasil, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Vládia Jamile dos Santos Jucá – Brasil, Universidade Federal da Bahia
Veriana de Fátima Rodrigues Colaço – Brasil, Universidade Federal do Ceará
Vinicius Coscioni – Brasil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
Zuleica Pretto – Brasil, Universidade do Sul de Santa Catarina