Resumo
A investigação social sobre a infância desenvolveu-se vigorosamente nas últimas décadas na América Latina e registou progressos no reconhecimento, na visibilidade e na análise das formas como as crianças participam ativamente e dão sentido à vida social em cada um dos seus contextos. No entanto, “dar voz” às crianças tornou-se um imperativo que muitas vezes bloqueia a reflexão mais profunda sobre a complexidade que isso implica, produzindo uma fetichização que separa essas vozes dos seus contextos e das estruturas sociais de desigualdade em que se inserem. Aqui desdobramos algumas chaves conceituais para aprofundar o debate sobre essas vozes a partir das contribuições da antropologia, epistemologia, feminismos, teorias decoloniais e queer/cuir, que se unem em uma análise urgente diante do avanço das direitas regionais. Por fim, apresentamos brevemente os artigos que compõem a seção temática.
Resumen
La investigación social sobre las infancias se ha desarrollado vigorosamente en las últimas décadas en América Latina y ha avanzado en reconocer, visibilizar y analizar los modos en que les niñes participan activamente y hacen sentido de la vida social en cada uno de sus contextos. Sin embargo, “dar voz” a les niñes se ha tornado un imperativo que muchas veces obtura la reflexión más profunda sobre la complejidad que ello conlleva, produciendo una fetichización que desprende dichas voces de sus contextos y de las estructuras sociales de desigualdad en que se configuran. A continuación, desplegaremos algunas claves conceptuales para profundizar el debate sobre estas “voces” a partir de las aportaciones de la antropología, la epistemología, los feminismos, las teorías decoloniales y queer/cuir, que se congregan en un análisis urgente frente al avance de las derechas regionales. Por último, presentaremos brevemente los artículos que integran la sección temática.
Abstract
Social research on childhood has developed vigorously in recent decades in Latin America and has made progress in recognizing, making visible and analyzing the ways in which children actively participate and make sense of social life in each of their contexts. However, “giving a voice” to children has become an imperative that often blocks the most profound reflection on the complexity that this entails, producing a fetishization that detaches such voices from their contexts and the social structures of inequality in which they exist. Below we will deploy some conceptual keys to deepen the debate on these “voices” based on the contributions of anthropology, epistemology, feminisms, decolonial and queer/queer theories, which come together in an urgent analysis in the face of the advance of regional rights. Finally, we will briefly present the articles that make up the thematic section.
Fecha de recepción: 22/04/2024
Fecha de aprobación: 06/05/2024
del artículo completo