Temas em Destaque
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As crianças e suas relações com as tecnologias da informação e comunicação: um estudo em escolas peruanas
Neste artigo, Patricia Ames, Doutora em Antropologia da Educação pela Universidade de Londres e professora pesquisadora na área de Antropologia no Departamento de Ciências Sociais da Pontifica Universidad Católica del Perú (PUCP), coloca a necessidade de rever as categorias conceituais enraizadas no senso comum de pais e professores, que desconhecem as formas desiguais dos impactos da cultura digital na vida de crianças e jovens. De acordo com a autora, há 15 anos começou a circular um termo, hoje amplamente popularizado, proposto por Mark Prensky (2001): nativos digitais. O termo se refere a uma experiência social e geracional de alcance global e tem sido usado para chamar a atenção para as novas características e necessidades das crianças e jovens contemporâneos. Para os adultos é usado seu antônimo: imigrantes digitais. Isso cria uma dicotomia rígida que, aparentemente, não poderia ser superada, mesmo com anos de prática e imersão em ambientes digitais. Leia mais.
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O desafio de uma cidadania crítica na infância chilena
A situação das crianças no Chile é problemática, diz a autora Alejandra González Celis, Doutoranda em Ciências Sociais pela Universidad de Chile, e pesquisadora do Programa de Protagonismo Infantil, Facultad de Psicología, Universidad Diego Portales, Chile. Esse artigo tem o intuito de problematizar a noção de cidadania na infância a partir da noção de cidadania crítica no Chile. De acordo com a autora, segundo o relatório do Observatório das Crianças (2014), 22,8% da população infantil no Chile está abaixo da linha da pobreza e 71% das famílias com crianças não atinge a média da renda nacional. Por exemplo, em áreas com grandes populações indígenas, como Araucanía e Biobío, a pobreza aumenta em 38,3% entre crianças de 6-13 anos. Leia mais.
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A experiência de mulheres jovens como combatentes da guerrilha das FARC e do ELN
A participação de crianças e jovens em grupos armados tem sido um fenômeno especialmente visível nas últimas décadas do conflito armado colombiano, diz Nohora Constanza Niño Vega, psicóloga da Universidad Nacional de Colombia e Mestre em Ciências Sociais pela FLACSO México. Neste artigo, o objetivo da autora é apresentar constatações sobre a forma como a participação como guerrilheiras das FARC e do ELN na Colômbia tensiona a experiência de ser criança e jovem. Como apresentado pela autora, aproximadamente dez mil crianças e jovens menores de 18 anos participam dos grupos armados e cerca de 28% desta população têm sido meninas e mulheres jovens. Leia mais.
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Além do patriarcado: a infância e a maternidade em Nietzsche
Reconstruir uma história cultural da infância a partir de seu lugar marginal e subalterno constitui a contribuição de Leandro Drivet, doutor em Ciências Sociais (Universidade de Buenos Aires) e professor na Faculdade de Ciências da Educação (FCE) da Universidad Nacional de Entre Ríos (Argentina). O autor propõe “incorporar a perspectiva risonha, lúdica e bailarina que as crianças atualizam quando não são vítimas da opressão adulta” e problematizar o ideal de controle e dominação da adultidade. Leia mais.
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Quando e como a proteção da infância é um valor para os adultos.
A proteção das crianças não é um valor inquestionável para os adultos, ao contrário, ela se relativiza de acordo com as situações, e o tipo de crianças envolvidas. É o que discute Suzana Libardi, Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil, no seu artigo. A autora aponta como os deveres da geração dos adultos para com as crianças esbarram em limites que põem em risco o cuidado dos mais novos, como um valor fundamental. Leia mais.
Informações bibliográficas
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"La niñez mapuche: sentidos de pertenencia en tensión", de Andrea Szulc
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"Educación media superior y deserción juvenil. Una mirada desde las historias de vida", de Marcos Jacobo Estrada
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Levantamento Bibliográfico
Nesta seção, apresentamos o levantamento bibliográfico dos livros publicados na área das ciências humanas e sociais dos países da América Latina sobre infância e juventude. O levantamento contemplou obras publicadas no período de Março à Junho de 2016 cujas informações puderam ser obtidas nos sites de suas respectivas editoras.