Temas em Destaque
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Jovens nem nem brasileiros/as: entre desconhecimento das experiências, espetacularização e intervenções
Os incômodos com a inatividade dos/as jovens pobres estão presentes ao longo da história da juventude brasileira e, na atualidade, é sob o nome de jovens nem nem – jovens que nem estudam e nem trabalham –, que determinadas parcelas da juventude têm ganhado grande destaque na mídia, nos projetos sociais e nas políticas públicas. Para os autores Paulo Roberto da Silva Junior, Doutor em Psicologia Social pela Universidade Federal de Minas Gerais – Brasil e Claudia Mayorga, Doutora em Psicologia Social pela Universidade Complutense de Madri, a construção do lugar de problema social para os/as jovens chamados/as nem nem é sustentada por um desconhecimento das experiências dos/as jovens pobres, uma espetacularização do fenômeno e pela constituição de um conjunto de práticas para solucioná-lo. No artigo analisam como a suposta inatividade dos/as jovens pobres, tomada como uma totalidade nem nem, revela e encobre sobre a nossa realidade social. Leia mais.
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Institucionalização da juventude pobre no Brasil: questões históricas, problemas atuais
O presente artigo buscou analisar os discursos que levam à institucionalização da juventude pobre no Brasil. A passagem por dois serviços destinados ao cuidado de crianças e adolescentes - um conselho tutelar e um Centro de Atenção Psicossocial Infanto juvenil (CAPSi), ambos localizados no Rio de Janeiro – Brasil, evidenciou, segundo os autores Marianne de Camargo Barbosa, Psicóloga, graduada pela Universidade Federal Fluminense, Brasil e Danichi Hausen Mizoguchi, Doutor em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense, Brasil, a semelhança entre as justificativas que recorrem ao abrigamento e à internação psiquiátrica dos jovens. As histórias encontradas em ambos os serviços norteiam as questões apresentadas sobre a institucionalização da juventude em abrigos e hospitais psiquiátricos. Confrontando as cenas narradas e a legislação atual sobre o cuidado com o público infanto juvenil, os autores refletem sobre as marcas deixadas por um longo tempo de criminalização da juventude brasileira e pobre ainda hoje. Leia mais.
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Projeto de Vida Titanzinho: jovens e direitos humanos
Neste artigo, Iara Andrade, Mestranda em Psicologia pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR, Brasil, e Paula Autran, Mestranda em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará - UFC, Brasil, discorrem sobre a execução do projeto denominado Projeto de Vida Titanzinho, realizado com jovens da comunidade do Serviluz, localizada na cidade de Fortaleza – CE, Brasil. Oficialmente denominado como Cais do Porto, o bairro se encontra em situação de vulnerabilidade social, com alto índice de violência, baixo nível de desenvolvimento humano e uma grande população de jovens em situação de risco. Desdobramento de projeto anterior realizado em 2015 com jovens da mesma comunidade e com o objetivo de orientá-los para o mercado de trabalho, a versão aqui apresentada, de 2016, se voltou para o tema Direitos Humanos por meio da facilitação de grupo com jovens, tendo como objetivo provocar reflexões, discussões e ações sobre o assunto. Participaram do projeto 12 jovens, com idades entre 12 e 15 anos. Leia mais.
Informações bibliográficas
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Lo cotidiano en la escuela. 40 años de etnografía escolar en Chile, de Andrea Valdivia Berrios e Jenny Assael Budnik.
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Niñez en movimiento, del adultocentrismo a la emancipación, de Santiago Morales e Gabriela Magistris.
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Levantamento Bibliográfico
Nesta seção, apresentamos o levantamento bibliográfico dos livros publicados na área das ciências humanas e sociais dos países da América Latina sobre infância e juventude. O levantamento contemplou obras publicadas no período de Março à Junho de 2019 cujas informações puderam ser obtidas nos sites de suas respectivas editoras.